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Raimundo Lira revela que depoimento de Dilma mostrará caráter democrático do impeachment

Com a experiência de quem participou de dois processos de impeachment de um presidente da República, Lira disse que a postura assumida pelas testemunhas no julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não poderia ser diferente

Por Campelo Sousa

28/08/2016 às 12h42

Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) concede entrevista. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

O Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) afirmou, em entrevista à Rádio Senado, que a presença da presidente afastada Dilma Rousseff para prestar depoimento nesta segunda-feira (29) no Senado Federal será “extremamente importante”. Segundo ele, Dilma estará exercendo um direito democrático que a Constituição Federal lhe assegura.

“Ela está exercendo um direito democrático. É um direito que as leis do País proporcionam à presidente afastada. Ela optou por vir, e fazer a sua defesa, na condição de acusada; e, segundo, é importante para o processo democrático e do próprio impeachment” observou Raimundo Lira.

Para ele, no momento em que o Brasil e a opinião pública mundial tomarem conhecimento, pelos meios de comunicação, de que a presidente afastada estará fazendo a sua própria defesa no Congresso Nacional, este fato define com muita clareza e objetividade que o processo foi totalmente democrático.

Outros depoimentos – Raimundo Lira, que foi o presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado Federal, avalia que os depoimentos das testemunhas, no Plenário, ocorridos nesta semana que passou, não trouxeram qualquer novidade ao processo. Na avaliação do senador, está havendo uma repetição de argumentos.

“Desde as oitivas de testemunhas, na Comissão Especial do Impeachment, nós ouvimos 38 testemunhas da defesa. E agora, o que está acontecendo são os mesmos argumentos e as mesmas posições”, analisou.

Com a experiência de quem participou de dois processos de impeachment de um presidente da República, Lira disse que a postura assumida pelas testemunhas no julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não poderia ser diferente.

Isso porque, segundo o entendimento do senador, as posições políticas e ideológicas, e até as informações técnicas, são imutáveis, nesse período do julgamento, da mesma forma como são inalteráveis as convicções dos senadores. “Não tenho conhecimento de nenhum senador aqui que, eventualmente, tenha mudado a sua posição”, disse ele.

Raimundo Lira observou que o processo está acontecendo dentro dos princípios democráticos, e que, por isso, a defesa está tendo um amplo direito de apresentar os seus argumentos.

Assessoria 

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