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VÍDEO: Psicóloga alerta sobre riscos e formas de proteger crianças e adolescentes da ‘adultização’ na internet

Durante entrevista no programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, a profissional chamou atenção para as violências que podem ocorrer nas redes sociais, como o ciberbullying e o contato com pedófilos

Por Luiz Adriano

14/08/2025 às 18h59 • atualizado em 14/08/2025 às 19h01

No programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, desta quinta-feira (14), a psicóloga Bianca Orrico, da organização de defesa dos direitos humanos Safernet Brasil, falou sobre os riscos da chamada “adultização” de crianças e adolescentes nos ambientes digitais e sobre como protegê-los. O assunto ganha ainda mais relevância diante da repercussão nacional do caso envolvendo o influenciador Hytalo Santos.

Segundo Bianca, um dos principais riscos está na forma como crianças e adolescentes utilizam a internet sem compreender a dimensão pública desses ambientes virtuais.

“Muitas vezes, crianças e adolescentes que estão numa fase peculiar de desenvolvimento acabam não compreendendo os riscos que envolvem essa exposição, não só em relação a conteúdo de ordem sexual, mas também exposição de seus dados pessoais, exposição a conteúdos violentos, inapropriados, extremistas. Então, muitas vezes crianças e adolescentes que estão ainda em formação, construindo sua própria identidade, desenvolvendo competências e habilidades importantes para interagir com o mundo, acabam sendo prejudicadas em decorrência dessa exposição inadequada da sua imagem ou dos seus dados através dos ambientes digitais”, explicou.

A psicóloga reforçou que a internet muitas vezes é percebida por crianças e adolescentes como um espaço privado, quando na verdade é um ambiente de ampla visibilidade, onde conteúdos aparentemente inofensivos podem ser usados por pessoas mal-intencionadas.

Riscos do ciberbullying e de crimes sexuais

Bianca também chamou atenção para as violências que podem ocorrer nas redes sociais, como o ciberbullying e o contato com pedófilos.

“Em relação aos riscos que envolvem essas interações, crianças e adolescentes podem desenvolver, por exemplo, ansiedade, podem ter medo da exposição, podem muitas vezes desenvolver sintomas depressivos, sintomas relacionados a transtornos de imagem ou transtornos alimentares. Crianças e adolescentes podem se isolar socialmente, ter uma desconexão repentina com as suas atividades do cotidiano por estarem vivenciando essa forma de violência. Então, os impactos emocionais que surgem em decorrência dessas violências podem, de fato, ser muito prejudiciais no desenvolvimento e na saúde de crianças e adolescentes”, alertou.

Bianca é graduada em Psicologia pela Universidade Salvador e atua na Safernet Brasil, uma organização não governamental sem fins lucrativos. Ela trabalha em um canal gratuito que orienta sobre o uso seguro da internet e oferece apoio a crianças, adolescentes e seus familiares que enfrentaram situações de violência online.

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