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VÍDEO: Entenda por que 50% das obras no Brasil estão paralisadas e o que poderia resolver o problema

O engenheiro Fernando Figueiredo destaca os principais motivos por trás da problemática que atinge o país há anos

Por Mathias Diniz com supervisão de Priscila Tavares

14/10/2025 às 19h38

Em sua coluna semanal “Diário de Obras”, o engenheiro Fernando Figueiredo explica por que existem tantos problemas e obras paralisadas no Brasil.

Fernando destaca que a falta de planejamento e projetos é uma das principais causas de problemas de infraestrutura no país.  Ele explica que dados do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgados em abril de 2025, revelaram que cerca de 50% das obras estão inacabadas no Brasil.

As construções no eixo da educação e saúde somam cerca de 70% dessa pendência, destacando as instabilidades regulatórias e a descontinuação de políticas públicas no brasil que afetam esses eixos.

Na mesma vertente, o Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), divulgou em julho deste ano um levantamento onde a obra de 111 creches estava paralisada. A estimativa é de que cerca de 11.850 crianças de 0 a 5 anos deixaram de ser atendidas por conta da não conclusão das obras.

O engenheiro fala também sobre a Transposição do Rio São Francisco a maior obra hídrica do país. Segundo ele, a obra foi idealizada desde o Brasil Imperial e colocada em prática somente em 2007, e que o projeto inicialmente não contava com as ramificações que futuramente iriam ser construído, algo que estava fora do projeto inicial e que precisou ser adaptando durante a execução.

Ele explica que a maioria das obras no Brasil são feitas com projetos básicos, mas que o ideal seriam projetos executivos e dá um exemplo para explicar a diferença:

“Para um projeto executivo, você precisa da geologia, da topografia, do projeto arquitetônico da rodovia já todo implementado, isso é o projeto executivo. O projeto básico vai ter alguns, vai ter topografia, vai ter georreferenciamento, vai ter a planta, a arquitetura da rodovia, mas vai faltar algumas coisas, por exemplo a geologia”, disse.

Como forma de mitigar problemas como esses, o engenheiro destaca a utilização de BIM (Building Information Modeling), permitindo que todos os envolvidos trabalhem juntos em um ambiente unificado, interagindo com os projetos dos colaboradores.

Fernando explica quais seriam os cenários ideal e o prático.

“Na teoria seria a implementação do sistema BIM, em todas as obras públicas, que aí facilitaria a produção de projeto executivo. Na confecção da licitação para qualquer tipo de obra deveria ser obrigatório o uso da ferramenta BIM e o projeto executivo”, falou o engenheiro.

“Na prática, realmente é muito difícil. A prática passa por votar bem. Eu sempre digo que eu procuro votar em uma pessoa que não queria que o governo dele seja bom, mas o do próximo”, completou.

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