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Parlamentares ameaçados de morte

Prefeito de Monte Horebe é acusado de intimidar vereadores

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12/02/2008 às 19h59

O prefeito de Monte Horebe, Erivan Dias Guarita, está sendo acusado pelos vereadores Marcos Eron (PMDB) e Agamenon Júnior (PSDB) de ser o mentor das ameaças contra o agricultor João Paulo de França Pereira, dono de um lava-jato na cidade.

João Paulo está sob proteção policial por determinação do subprocurador-geral de Justiça da Paraíba, Paulo Barbosa, que recomendou as providências ao secretário de Segurança pública, Eitel santiago, e ao Comando Geral da Polícia Militar
João Paulo passou a ser perseguido e foi ameaçdo de morte depois que descobriu que seu nome estava sendo utilizado indevidamente em um esquema fraudulento que desviava dinheiro da Prefeitura de Monte Horebe.

Ao tomar conhecimento de pagamentos feitos em seu nome, sem que o mesmo tenha usufruído de um centavo sequer, João Paulo entrou na Justiça com pedido de indenização.

Um dos pagamentos que alguém recebeu no seu nome foi no valor de R$ 1.860,00 por viagens feitas a serviço da Secretaria de Agricultura do município, para o transporte de mandioca para pequenos agricultores, em uma Caminhonete C10, de placa JMH-1932, do Estado da Bahia.

Ameaças de morte
Depois de receber ameaças de morte, João Paulo prestou queixa à Polícia e foi levado e viajou para João Pessoa, pelos vereadores Marcos Eron e Agamenon Júnior, com a finalidade de pedir garantias de vida ao Ministério Público Estadual e à Polícia. Em João Pessoa, João Paulo e os vereadores procuraram o subprocurador-geral de Justiça, Paulo Barbosa, que encaminhou o caso para a promotora Rhomeika Maria de França Porto, da Comissão de Combate à Improbidade Administrativa e Irresponsabilidade Fiscal.

João Paulo foi ouvido pela promotora e contou os momentos de terror pelos quais passou, na tarde de 28 de janeiro, perto da cidade Conceição, nas mãos de dois homens desconhecidos, um deles apresentado a ele por Aldenir Barbosa, conhecido como Gago.
Segundo ele, os homens estavam armados e o torturaram. João Paulo disse que foi obrigado a assinar papel em branco e que os ameaçadores disseram que o matariam se ele abrisse a boca.

Após depoimento à promotora, João Paulo foi encaminhado ao secretário de Segurança Pública, Eitel Santiago, com pedido de garantias de vida para o mesmo feito pelo subprocurador Paulo Barbosa. No seu despacho, Paulo Barbosa pede que a Delegacia Geral de Polícia Civil, a Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança e o Comando da Polícia Militar ofereçam proteção a João Paulo.

Os dois vereadores acham que as ameaças partiram do próprio prefeito Erivan Guarita. Agamenon Júnior disse que teme pelo que possa acontecer com outras pessoas que discordam do pensamento do prefeito e não concordam com as falcatruas praticadas pela atual gestão. “O prefeito também tentou me agredir e eu prestei queixa contra ele”, disse Agamenon.

Marcos Eron e Agamenon Júnior fizeram mais de 20 denúncias de irregularidades contra o prefeito Erivan Dias Guarita, no Ministério Público e na Justiça, e passaram a ser ameaçados e intimidados por pessoas ligadas ao gestor.

Jornal Correio da Paraíba

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