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VÍDEO: Padre Fabrício sobre medo nas escolas: “Não devemos ser negligentes e nem cair na paranoia terrorista”

Padre Fabrício Timóteo destacou que a fonte do problema também está na atual sociedade que, segundo ele, é extremista porque é permissivista. Portanto, é preciso, antes de tudo, autorrevisar conceitos, e um deles é o de felicidade

Por Luis Fernando Mifô

13/04/2023 às 16h17 • atualizado em 13/04/2023 às 17h50

No programa Olho Vivo desta quinta-feira (13), transmitido excepcionalmente de João Pessoa, o convidado especial foi padre Fabrício Timóteo, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Taperoá, um dos mais famosos sacerdotes católicos do Brasil. Entre os diversos temas levantados durante a conversa com os apresentadores, padre Fabrício deixou uma mensagem de reflexão contundente acerca do clima de violência em escolas do país.

Após a participação de uma ouvinte de Taperoá que disse estar com medo de levar o filho para a escola, padre Fabrício disse que as autoridades de segurança, as famílias, as escolas, as igrejas e os cidadãos devem cumprir seus respectivos papeis no combate à violência, mas, principalmente, na conscientização social, na educação e na espiritualidade. Contudo, a sociedade deve evitar clima de “terrorismo e desequilíbrio psicológico que assombra, escraviza e oprime as pessoas”.

“Não podemos ser omissos, não podemos ser passivos e negligentes. Mas não podemos cair na onda paranoica do terrorismo”, enfatizou o sacerdote.

Padre Fabrício com os apresentadores José Dias Neto e Petson Santos (Foto: Diário do Sertão)

Em seguida, padre Fabrício Timóteo destacou que a fonte do problema também está na atual sociedade que, segundo ele, é extremista porque é permissivista. Portanto, é preciso, antes de tudo, autorrevisar conceitos, e um deles é o de felicidade.

“Essa sociedade laxista, permissivista, relativista, está colhendo o que ela plantou. Criou padrões falsos de felicidade. Felicidade é não receber um ‘não’, é não sofrer, é não abraçar a cruz, é não ter compromisso, é ter tudo fácil. E quando eu tenho alguma dificuldade, eu me revolto, eu fico indignado, eu murmuro, eu esbravejo, eu blasfemo tudo e todos. Essa sociedade do líquido, onde não tem mais autoridade, onde não tem mais referência, onde as pessoas não encaram mais o valor salvífico também da dor, da cruz, do não, da mortificação, do sacrifício muitas vezes das suas próprias vontades. Essa sociedade está colhendo a violência que ela plantou com esse ‘tudo pode’ e a regra é que nada é proibido e tudo é permitido”.

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