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Adultos e crianças sobrevivem catando lixo em aterro sanitário de Cajazeiras

A existência dos lixões, associada à pobreza da população, faz com que muita gente viva no e do lixo. Muitas pessoas atingidas pelo desemprego transformam-se em catadores de rua e de lixões.

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28/06/2009 às 16h39

A existência dos lixões, associada à pobreza da população, faz com que muita gente viva no e do lixo. Muitas pessoas atingidas pelo desemprego transformam-se em catadores de rua e de lixões, dos quais retiram, diariamente, sua sobrevivência.

Em Cajazeiras não é diferente, são inúmeras as famílias, inclusive crianças, sobrevivendo do que catam no aterro sanitário da cidade, localizado na zona rural.

Por aqui, são inúmeras as famílias que ganham o sustento da casa através da venda do que conseguem catar no lixão. Há crianças que são privadas até do direito de freqüentar a escola, porque são obrigadas a ajudar na manutenção da casa.

O Portal Diário do Sertão percorreu o aterro sanitário de Cajazeiras e constatou a situação degradante que sobrevivem muitos Cajazeirense, como também alguns advindos de outros municípios. Eles trabalham no lixão recolhendo as sobras do que a sociedade de Cajazeiras consome, alguns chegam até a se alimentar dos restos de comida encontrados.

No aterro a reportagem encontrou pessoas que ganham a vida em meio a sujeira e fedentina.

"Todos os dias eu venho para o lixão. É daqui que eu tiro o sustento de minha família. Não tenho vergonha de falar, porque é um trabalho. Mas a sujeira é enorme e o mau cheiro também. Às vezes ficamos doentes, eu não consigo usar máscara porque me falta o fôlego, uso só luvas. Mas não é um trabalho sadio", desabafa Francisco( nome ficticio), um catador de lixo.

Do lixo deixado no local eles aproveitam papelão, plástico, madeira e latinhas de ferro – as de alumínio e cobre, as mais rentáveis, raramente são encontradas, porque são recolhidas no local onde são consumidos seus produtos. O produto catado é vendido para depósitos, padarias e firmas de sucata que pagam de dez a quarenta centavos pelo quilo do material, dependendo do material e da condição deste. Francisco( Nome ficticio) afirma que consegue cerca de R$ 200,00 reais por semana.

Os catadores reclamam porque não existe um programa de reciclagem que possa valorizar o trabalho deles. "Não temos apoio de ninguém. Vivemos praticamente escondidos".

JOSELITO FEITOSA
Da Redação do Diário do Sertão

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