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VÍDEO: Cineasta cajazeirense lamenta ‘desprezo histórico’ à memória do Padre Rolim e cobra valorização

Foram inúmeras dificuldades e adversidades que Eliézer Rolim enfrentou para tirar o projeto do filme ‘O Sonho de Inacim’ do papel até a sua etapa de lançamento, no ano de 2010, e contar a história do filho mais ilustre de Cajazeiras

Por José Dias Neto

03/01/2022 às 17h20 • atualizado em 11/01/2022 às 14h47

O arquiteto e cineasta cajazeirense Eliézer Leite Rolim Filho abriu as portas de sua residência em João Pessoa, para uma entrevista intimista para o programa ‘Interview’ com o apresentador Moisés Conrado da TV Diário do Sertão. Eliézer Filho relembra momentos memoráveis dos bastidores do filme ‘’O Sonho de Inacim’.

Segundo Eliézer, diretor do longa ‘O SONHO DE INACIM’, a ideia de criar o filme contando a história do filho mais ilustre da cidade de Cajazeiras começou quando ele morava no colégio interno de Padre Zé na cidade de Itaporanga no Vale do Piancó.

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‘’Muito bom falar sobre o filme. Tenho um profundo amor, um profundo carinho pela minha terra e pelo meu ancestral, o Padre Rolim’’, disse.

O filme trouxe a representação do museu do Padre Rolim na ficção, na vida real não há nenhum memorial. Foto: Divulgação / O Sonho de Inacim

Foram inúmeras dificuldades e adversidades que o cineasta enfrentou para tirar o projeto do filme ‘O Sonho de Inacim’ do papel até a sua etapa de lançamento, no ano de 2010. A única sala em que o filme foi exibido foi em João Pessoa, por falta de recursos financeiros.

‘’Nós colocamos em exibição apenas em João Pessoa. Não tivemos dinheiro para fazer exibição em outros lugares. Foram dez anos de produção’’, destacou.

Para Eliézer, a conclusão do filme só foi possível com a ajuda espiritual do Padre Rolim.

José Wilker (in memorian) representou o Padre Rolim no filme dirigido por Eliézer Rolim. Foto: Divulgação / O Sonho de Inacim

‘’Eu tinha um sonho com o Padre Rolim. Ele chegava e falava comigo. Eu queria falar sobre a história dele, mas depois eu percebi que ele foi um educador que ensinava todas as coisas, teve uma vida muito pacata e ordeira e pra fazer um filme a gente precisa de conflito, clímax, e não dava um filme dessa forma. Eu também percebi que as novas gerações não sabiam da história do padre e por isso tive esse inspiração’’, garantiu.

José Wilker (in memorian) representou o Padre Rolim no filme dirigido por Eliézer Rolim. Foto: Divulgação / O Sonho de Inacim

O ILUSTRE CAJAZEIRENSE

Eliézer nasceu em Cajazeiras (PB), em 23 de novembro de 1961, na Rua Souza Assis, filho de Eliézer Leite Rolim e Raumita Coelho Rolim.

Aos nove anos, deixou a residência paterna para estudar em um colégio dirigido por padres, em Itaporanga (PB), passando a ser educado pelo seu tio, o Padre José Sinfrônio de Assis Filho.

Foi no internato que travou conhecimento com o teatro e, ao voltar para Cajazeiras, em 1975, fundou o Grupo Teatral Mickey que, mais tarde, passaria a se chamar Grupo de Teatro Terra, um dos grupos mais importantes do movimento cultural do Estado da Paraíba, após haver ganhado destaque e prêmio nacional, com o espetáculo Beiço de Estrada, outorgado pelo Projeto Mambembão (1979). O Grupo Terra foi o referencial artístico de uma geração e um dos responsáveis pela luta, objetivando a construção do Teatro Ica.

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB, 1986), tem mestrado (2001) e doutorado em Artes Cênicas pela universidade Federal da Bahia e pela École Nationale de Architeture de Grenoble, na França (2013).
Recebeu vários prêmios nacionais com a sua produção teatral: Seca, Beiço de Estrada, O Barraco, Até Amanhã, Drops do Halley, Homens de Lua, Trinca Mas Não Quebra, Anjos de Augusto, Sinhá Flor, Como Nasce um Cabra da Peste, Adeus Mamanita, Estrelas ao Relento e Efemérico.

Sua produção artística é interdisciplinar, e suas obras teatrais destacam-se não somente pela sua dramaturgia, mas por sua cenografia, direção e iluminação.

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