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VÍDEO: Filme ‘Uma Voz Chamada Francisca’ abre debate sobre violência contra a mulher no Nordeste

Segundo o professor Sales Neto, o objetivo da exibição do filme foi abrir as portas da UFCG-Cajazeiras para que a discussão chegasse aos alunos do ponto de vista histórico, cultural e cinematográfico.

Por Redação Diário

01/12/2025 às 00h24

O auditório da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras, recebeu a exibição do longa-metragem cearense “Uma Voz Chamada Francisca”. A obra cinematográfica, que aborda temas sociais de grande relevância como violência contra a mulher, feminicídio, direitos das mulheres, questões de gênero e a religiosidade popular do Nordeste, promoveu um intenso debate no ambiente acadêmico.

O diretor e cineasta Lamarck Dias ressaltou a grandiosidade técnica da produção e o intercâmbio de talentos de diversos estados, que incluiu atores de Recife, João Pessoa e de outras cidades.

“Uma Voz Chamada Francisca é um filme que traz uma conjuntura um pouco mais profissional, com um processo de formação já mais eficiente, com essa troca de atores e atrizes profissionais, com atores locais também, sempre revelando, descobrindo talentos,” explicou Dias.

Diretor e cineasta Lamarck Dias (Foto: reprodução TV Diário do Sertão)

O diretor destacou, ainda, a participação de Nivaldo Nascimento, ator do elenco, que representará o Brasil no Oscar com o filme “Agente Secreto”. A produção do longa “Uma Voz Chamada Francisca”, que tem 1h36 de duração, levou dois anos para ser concluída, englobando um mês de pré-produção, 40 dias de gravação e mais de um ano e sete meses de pós-produção.

A atriz Lhis Medeiros, intérprete de Francisca, a protagonista, relatou os desafios emocionais de viver uma personagem que sofre com os dramas do feminicídio.

“Difícil foi vivenciar o que normalmente as mulheres vivenciam, as que sofrem de feminicídio,” desabafou Lhis. A atriz confessou a intensidade da cena da morte: “Foi muito difícil a cena da morte, porque eu senti Francisca em mim… Eu tive que trabalhar bem minha cabeça”.

Lhis Medeiros, intérprete de Francisca, a protagonista (Foto: reprodução TV Diário do Sertão)

Iniciativa acadêmica e circulação de saberes – O evento atraiu mais de 150 estudantes universitários e foi organizado pelo professor de História da UFCG, Sales Neto. Ele explicou que a iniciativa faz parte do grupo de pesquisa “Saberes Locais”, que busca promover o conhecimento de histórias e culturas regionais que, muitas vezes, não chegam à universidade.

“A ideia inicial foi trazer uma produção histórica que se dedica a pensar um tema regional, um tema local, um tema próximo da nossa realidade, que inclusive já foi tema de TCC aqui no nosso curso,” afirmou o professor.

Professor de História da UFCG, Sales Neto (Foto: reprodução TV Diário do Sertão)

Segundo Sales Neto, o objetivo foi abrir as portas da instituição para que a discussão chegasse aos alunos do ponto de vista histórico, cultural e cinematográfico, “ampliando a circulação desse material aqui dentro, não só ficando restrito às salas de cinema, lá fora”.

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