Estudantes do IFPB e UFCG de CZ se mobilizam e realizam assembleia para avaliar greve nas instituições

O coordenador municipal do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica e Tecnológica da Paraíba, Gilvandro Vieira da Silva informou que nesta quinta-feira (05), será realizada uma plenária dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus de Cajazeiras juntamente com os alunos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Segundo as informações prestadas, a Assembleia deve acontecer no auditório do Campus do IFPB e servirá para que os estudantes analisem e realizem um debate sobre a greve que se instalou nas duas instituições.

Em anexo, os estudantes enviaram uma carta aberta falando sobre o papel do movimento estudantil e sobre os assuntos que serão debatidos na plenária. Leia na íntegra:

Carta Aberta:

Prezados(as) companheiros(as):O Movimento Estudantil Cajazeirense, representado pelos estudantes da Universidade Federal de Campina Grande e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, realizaram debates dias 20 e 25 de junho de 2012, na sede do IFPB, campus Cajazeiras, que culminaram com as seguintes avaliações e encaminhamentos:

1. Defendemos uma Educação pública, gratuita, de qualidade e acessível a todos, construindo um processo dialógico com os professores, servidores, estudantes e, principalmente, a serviço da classe trabalhadora e das demandas sociais, na perspectiva de defesa de um projeto que supere as relações de desigualdade social no país e que afirme sua soberania. Reafirmamos, assim, a necessidade de garantir a destinação de 10% do PIB para a educação pública.

2. Combatemos todas as ações que contribuem para a precarização da educação, que são reflexo das políticas neoliberais e que visam perpetuar a desigualdade de classe, amparada pela dominação social e cultural. A privatização do ensino, o descaso com as políticas educacionais, o corte de verbas orçamentárias e o sucateamento das instituições públicas de ensino superior constituem as armas principais da burguesia nacional e internacional que tenta manter um sistema excludente e explorador, privatizando direitos.

3. Apoiamos o movimento grevista local e nacional dos docentes e servidores, centrado na pauta de reivindicações que incluem, entre outras: a reestruturação da carreira e recomposição salarial, a defesa da autonomia universitária e de um padrão unitário de qualidade, além do respeito à natureza própria da atividade acadêmica. O movimento estudantil soma suas forças em prol da defesa maior do ensino superior brasileiro, numa mobilização nacional em que a luta unitária dos professores, servidores e estudantes brasileiros é o reflexo do protagonismo do povo na luta por uma educação digna.

4. Defendemos a qualidade na educação e também a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, garantindo o incentivo às políticas que valorizem a assistência estudantil. Combatemos, assim, o corte de verbas para essa área (incentivo à pesquisa, extensão, residência estudantil, alimentação, bolsas, etc.), a precariedade na estrutura das instituições (salas e laboratórios mal equipados), a escassez de professores, as terceirizações, enfim, o desmonte na educação que presenciamos dia a dia.

5. Combatemos qualquer ação que criminalize os movimentos sociais do campo e da cidade e a juventude, em que aí nos incluímos, pois temos a clareza que o movimento estudantil é, antes, um movimento social. Lutar não é crime! Professor lutando, também está ensinando!

Convocamos, assim, todos os estudantes a participarem da PLENÁRIA de debates e encaminhamentos sobre a educação pública brasileira e sobre nosso papel e ações nesse cenário. Cremos, assim, na força e identidade próprias que devemos constituir nesse processo.

PLENÁRIA – LOCAL: AUDITÓRIO DO IFPB, CAJAZEIRAS – 05 DE JULHO DE 2012, ÀS 8:30h

Cajazeiras, 25 de junho de 2012.

Carlos Eduardo Lucianode Paiva.

DIÁRIO DO SERTÃO com Assessoria

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