EXCLUSIVO: Infância, família, rock e revelações. João Azevêdo como você nunca viu no Interview Personalidades
A TV e Rede Diário do Sertão inicia mais uma edição da série de entrevistas especiais do Interview Personalidades. E o primeiro bate-papo vai surpreender muita gente porque o convidado é ninguém menos que a maior autoridade do Estado da Paraíba
A TV e Rede Diário do Sertão inicia nesta quarta-feira (17) mais uma edição da série de entrevistas especiais do Interview Personalidades, um dos quadros mais aguardados da programação de fim de ano do Sistema Diário de Comunicação. E o primeiro bate-papo vai surpreender muita gente. Afinal, o convidado é ninguém menos que a maior autoridade do Estado da Paraíba, mas dessa vez de um jeito que vocês nunca viram.
O governador João Azevêdo até falou de política e gestão, mas o que chama mesmo a atenção nessa conversa com o apresentador Caliel Conrado é o cidadão João e suas particularidades. Aqui, ele voltou o olhar para dentro de si e confessou sonhos, medos, arrependimentos, missão, refletiu sobre família, lazer, passado e futuro.
No primeiro Interview Personalidades, conhecemos o engenheiro civil, o professor, o marido, o pai, o avô, o menino João e, claro, o gestor público que há poucos anos sequer imaginava se tornar governador do Estado que tanto ama.
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Professor aposentado do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), João Azevêdo chegou a exercer a profissão de engenheiro civil, mas sua trajetória também é marcada por diversos cargos públicos que ele ocupou no Poder Executivo durante décadas, geralmente em funções técnicas. “Participei de várias campanhas, mas sempre por trás, não como protagonista”, salienta.
Azevêdo se candidatou ao Governo do Estado pela primeira vez em 2018 após muita conversa e reflexão em um processo de convencimento que levou meses. “Para mim era uma grande interrogação, até porque nas primeiras pesquisas eu era um grande desconhecido para a Paraíba. Mesmo ocupando pastas importantes dentro do Estado, a população, de uma forma geral, não está muito ligada a esses detalhes, e eu era conhecido por 5% da população. Então, tive que fazer uma campanha de me apresentar à Paraíba”, recorda.
“Muitas vezes eu acordava de madrugada e ficava pensando: ‘O que eu preciso dizer? O que eu preciso ter como mensagem para aquele cidadão que mora lá na pequena cidade do interior para ele entender que deve apostar em quem está se colocando na disputa”.
Eu era conhecido por 5% da população. Tive que fazer uma campanha de me apresentar à Paraíba
Política partidária nunca trouxe problemas porque ele faz “governo de entregas”
Diferente da maioria dos contemporâneos, João Azevêdo não entrou na política partidária em função da hereditariedade, ou seja, não carrega um sobrenome de peso político histórico como tantos outros no Estado. No entanto, ele atribui seu próprio sucesso eleitoral à forma como faz gestão pública, organizando economicamente a Paraíba e entregando obras que impactam a vida da população em todas as cidades. Para ele, não há política melhor do que essa.
“Essa foi a forma de nos impor como gestor. Claro que você tem o processo político e tem que entender que a política faz parte da vida. Entretanto, nunca tive problema para lidar com política, até porque a política para mim é essa, a política da entrega, a política pública e não a política para o benefício próprio, a política para grupos que querem se perpetuar no poder”, ressaltou.
“Foi um tempo na Paraíba em que não se investia em pequenos municípios porque não impactava no resultado de uma eleição. Foi um tempo na Paraíba em que só se investia em município onde o prefeito fosse aliado do governador, como se as pessoas daquele município tivessem que pagar um preço pela escolha política do governante. Eu não agi assim durante todos esses anos e não acho que essa é a forma correta. Tanto é que nós fizemos investimentos nos 223 municípios da Paraíba e isso foi constatado na última eleição. A grande vitória que nós tivemos veio dos pequenos municípios, até porque em Campina e João Pessoa eu não tive a maioria dos votos”.
Confirma que será candidato ao Senado para continuar ‘missão’
João Azevêdo já não esconde que vai se licenciar do cargo para ser candidato a uma cadeira no Senado Federal. Ele entende que já cumpriu uma missão como governador, mas ainda precisa ajudar o Brasil e a Paraíba com atuação nacional em defesa da soberania do país e do seu Estado. A candidatura também atende a um apelo do PSB paraibano e de lideranças nacionais.
“É claro que o julgamento cabe à população. Será ela em 2026 que fará esse julgamento e dirá se eu devo ou não fazer esse trabalho. Mas colocarei meu nome, sim, com muita tranquilidade para essa disputa”, reafirma convicto.
Nós fizemos investimentos nos 223 municípios da Paraíba e isso foi constatado na última eleição
O rockeiro por trás do político
Sujeito tranquilo, João Azevêdo busca preservar a convivência familiar apesar da agenda turbulenta. Em casa, nos raros momentos de descanso, uma das distrações que o ajuda a se ‘desligar’ dos problemas inerentes ao cargo de chefe do Estado é tocar violão. Ele adverte que não manja muito do instrumento, mas pelo menos as suas influências musicais vêm de gigantes nacionais e internacionais, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, entre outros. “Tocar um instrumento é um dos poucos momentos em que verdadeiramente você consegue se desligar”, pontuou.
O rockqueiro João até gostaria de ir para um show do Pink Floyd, mas é pouco provável que isso aconteça, já que dificilmente os ex-integrantes da lendária banda inglesa voltarão a se reunir. Pelo menos ele se orgulha de ter ganhado de presente um LP assinado por um dos ex-membros (só não citou qual deles).
Três filhos, seis netos e o choque de gerações
João Azevêdo afirma que a convivência com os filhos e netos é tranquila e aberta. “Não há nenhum tipo de dificuldade no meu relacionamento, mesmo considerando a questão da idade”.
Contemporâneo da geração “olho no olho”, ou seja, anterior às redes sociais, ele garante que não é contra o avanço das tecnologias, mas pondera os riscos dos excessos.
“Hoje em dia as redes sociais escondem muita coisa porque as pessoas, muitas vezes, se escondem por trás de um aparelho celular. Eu acho isso prejudicial. Não sou contra a tecnologia. Entretanto, o uso excessivo em determinadas áreas pode ser, sim, prejudicial”, avalia.
João reflete sobre a maneira efêmera e veloz com que a geração atual lida com as relações humanas e de consumo e cita, como exemplo, o costume que as pessoas têm de acelerar os áudios das mensagens em aplicativos de conversa. “Veja como mudou essa necessidade das coisas acontecerem com muito mais rapidez”, salienta.
Hoje em dia as redes sociais escondem muita coisa porque as pessoas, muitas vezes, se escondem por trás de um aparelho celular
Lembrança da infância em Cruz das Armas, relação com os pais e “arrependimentos”
O menino João, caçula entre um irmão (já falecido) e uma irmã, brincava na rua como a maioria das crianças da época. Eram tempos de liberdade e simplicidade no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. O pai era um homem sábio e tranquilo. Quando faleceu, João tinha 22 anos.
Cresceu já sabendo o que queria ser: engenheiro. O que muitos chamam de determinação, João Azevêdo prefere chamar de teimosia mesmo. Admite que sempre foi teimoso, mas garante que também tem capacidade de ouvir sugestões e críticas e absorvê-las, e isso o ajuda como governante. Se tem arrependimentos? “Eu acho que eu faria tudo de novo do jeito que eu fiz e talvez melhorando aqui e acolá alguma coisa que precisasse”, responde.
Quando se formou em Engenharia Civil, no ano seguinte começou a dar aula no IFPB. Mas o objetivo era exercer a profissão ao invés da docência. Por isso não demorou muito para pedir demissão e foi viver o velho sonho ainda jovem.
“Eu toda vida fui teimoso com as coisas. Quando eu decido por uma determinada coisa, eu vou buscar os meios para fazer aquilo acontecer”, reforçou. “Essa determinação que eu tenho de fazer as coisas foi que nos levou a muitos avanços”, completou, referindo-se à gestão do governo.
João é mais coração ou mais razão?
Quando se trata de fazer algo dentro da legalidade, ele ressalta que a racionalidade deve imperar. Contudo, “aquilo que você pode exercer e dar um toque de humanidade, aí é o coração”, acentua.
Para João Azevêdo, é difícil manter sempre a frieza da racionalidade e não se emocionar nos momentos em que o governador percebe que a vida de uma pessoa humilde foi transformada por uma ação de política pública da gestão.
Ele narrou uma passagem marcante nessa trajetória, quando estava inaugurando uma obra de abastecimento de água numa pequena cidade e uma criança se aproximou, puxou sua camisa e disse que finalmente iria tomar banho de chuveiro.
“São essas conquistas que motivam qualquer gestor, que faz você persistir naquilo de dormir tarde, às vezes não dormir, mas no outro dia estar lá em pé de novo para fazer as coisas. Eu tenho isso como missão de vida”.
Eu toda vida fui teimoso com as coisas. Quando eu decido por uma determinada coisa, eu vou buscar os meios para fazer aquilo acontecer
Ana Maria, esposa e companheira constante
A vida de João Azevêdo, com seus altos e baixos, perparsa também pela presença constante da esposa Ana Maria Lins. Ele conta que o casal tem uma relação de cumplicidade e confiança que, muitas vezes, é crucial para suportar e superar os piores momentos, como por exemplo o período tenebroso da pandemia de covid-19. “Ana tem papel fundamental nesse processo, e também porque ela gosta do trabalho que realiza hoje”.
Atualmente, a primeira-dama é presidente de honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP) e está sempre cumprindo agendas importantes com viagens dentro e fora do Estado para fomentar a produção dos artesãos e artesãs locais. Em novembro, o casal foi homenageado com o Troféu Heitor Falcão, premiação que reconhece personalidades e instituições que contribuem para o desenvolvimento da Paraíba em diversos segmentos.
João recebeu a honraria na categoria especial Destaque Administração Pública. Já a primeira-dama foi agraciada na categoria Ação Social, por fazer a ponte entre entidades que atendem pessoas em vulnerabilidade social e o Governo da Paraíba. Tudo isso sem vínculo empregatício com a gestão e sem salário público. “Aprendemos a nos respeitar e, claro, ser apoio um do outro”.
Cícero “parceiro” e Cássio “um grande político”
No encerramento da entrevista, Caliel Conrado desafiou João Azevêdo para um ‘bate-bola’ de respostas rápidas sobre diversos temas e personalidades. Ao perguntar sobre o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o ex-governador e ex-senador Cássio Cunha Lima, João reconheceu a importância dos dois para o estado.
Apesar de serem adversários políticos neste momento, o governador ainda considera Cícero Lucena um parceiro. “Fez escolhas pessoais em cima de um projeto pessoal, mas eu tenho uma relação de amizade de muitos anos”, frisou.
A respeito de Cássio, ele afirma ser “um grande político” e completa: “Não tive uma grande convivência política com Cássio, mas fez a sua história na Paraíba”.
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