VÍDEO: Maria de Cajazeiras conta como trocou São Paulo pelo Sertão e depois abriu restaurante em João Pessoa
Ela é potiguar de nascimento, mas paraibana de coração. Foram 23 anos morando e servindo em Cajazeiras até se mudar para a capital João Pessoa, onde continua fazendo o que ela ama desde criança: cozinhar
Ela é potiguar de nascimento, mas paraibana de coração. Foram 23 anos morando e servindo em Cajazeiras até se mudar para a capital João Pessoa, onde continua fazendo o que ela ama desde criança: cozinhar. Maria José Fidelis Pereira, mais conhecida como Maria de Cajazeiras, bateu um papo super divertido com Caliel Conrado no Interview Personalidades, e essa conversa tem aroma e sabor da típica culinária nordestina porque ela foi gravada na cozinha do Restaurante & Bar Tradicional Sabores de Cajazeiras, um empreendimento fundado por Maria depois de muitas batalhas travadas na vida.
Entre uma panela e outra, com pausas para atender os pedidos, essa guerreira falou das suas origens, narrou a trajetória percorrida entre Alexandria, no Rio Grande do Nortes, São Paulo, Cajazeiras e João Pessoa, mostrou como prepara os deliciosos pratros e garantiu que o principal tempero da sua cozinha é o amor.
Antes de se tornar Maria de Cajazeiras, essa simpática e perseverante cozinheira saiu de Alexandria, onde nasceu, e foi para São Paulo viver com os pais e 7 irmãos. Na terra natal ela já havia aprendido a acozinhar com 8 anos de idade. Mas Foi numa churrascaria no bairro de Taubaté, em São Paulo, que a adolescente aperfeiçoou ainda mais o ofício acompanhando a mãe na cozinha. A jovem Maria ganhava menos de meio salário (em valores da época) e ainda tinha que ter habilidade para se esconder da fiscalização trabalhista.
Foram 12 anos de vivência na maior cidade do país, até que conheceu, namorou e casou com um cajazeirense, com quem teve uma filha. Eram adolescentes, mas tiveram coragem de já ancarar os desafios de serem comerciantes do ramo de comidas. Adquiriram um restaurante em Cajazeiras em 1990 e um ano depois foram embora para o Sertão paraibano. Maria passou 23 anos servindo à população cajazeirense, até que decidiu, por motivos pessoais, ir embora para a capital paraibana, onde os primeiros anos foram extremamente desafiadores.
“Eu me considero filha de Cajazeiras. Me acolheram muito bem. É tanto que eu botei ‘Sabores de Cajazeiras’. Mas foi porque eu não tinha capital de giro e comprava fiado lá no açougue, na Camilo de Holanda, para vender aqui. Mandava buscar lá fiado. O pai das meninas comprava fiado lá no meu nome. Toda semana eu comprava, pagava e comprava outro fiado, até eu fazer meu nome. Quando eu comecei a ter crédito aqui, parei de comprar lá”.
Maria relembra momentos em que bateu o desespero e ela quase desistiu, como quando faltou pão para comer com a filha. “Quando eu procurei dinheiro para comprar pão para eu e minha filha tomar café e não tinha, aí eu me desesperei e liguei para o meu pai”, relata. No entanto, hoje ela entende que “desistir” não faz parte do seu vocabulário.
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