Diretor do Instituto Materno Infantil fala sobre concurso público e federalização do hospital. Vídeo!
O diretor Francisco figueiredo diz que consegue visualizar mudanças com a gestão da UFCG e fala sobre os avanços no hospital.
O diretor do Instituto Materno Infantil Julio Maria Bandeira de Melo, Francisco Figueiredo, em entrevista ao Portal Diário do Sertão falou sobre a realização de um concurso público no instituto. De acordo com o diretor essa é o método mais viável para contratar funcionários.
Durante a entrevista, o médico e diretor do hospital pontuou outros assuntos, entre eles: As melhorias na estrutura do instituto, a aquisição de novos equipamentos e a federalização do hospital.
De acordo com o diretor Francisco Figueiredo, os avanços dependem da federalização do hospital que precisa ter todos os seus equipamentos doados a Universidade Federal de campina Grande para que os processos possam tramitar livremente.
Veja o vídeo:
Leia a entrevista completa:
DIÁRIO DO SERTÃO: O que tem de novidade na federalização do Instituto Materno Infantil Julio Maria Bandeira de Melo?
Francisco Figueiredo: O processo de federalização está vinculado à lei 1955 de 2011, aprovada pelo então prefeito Léo Abreu e sancionada pela Câmara Municipal de Cajazeiras. Porém, a sessão por si só não federaliza o hospital. Para que esse processo aconteça, é necessário que a prefeitura doe este equipamento de saúde para a universidade.
A faculdade precisa também receber e isso depende da Curadoria da União. A partir do momento em que a Curadoria encontrar no Instituto Materno Infantil, condições estruturais, financeiras e ambientais para promover expansão dos projetos no sentido de equipar e colocar a disposição profissionais da área, a união estará pronta para receber, em nome da UFCG e o processo de federalização irá tramitar dentro das rotinas que regem as leis e os direitos sociais.
DIÁRIO DO SERTÃO: A imprensa costumava receber várias denúncias com relação ao mau atendimento e a falta de profissionais da área médica no instituto. O senhor consegue visualizar melhorias depois da entrada da gestão UFCG?
Francisco Figueiredo: Sim. A primeira medida que tomamos assim que assumimos foi montarmos uma equipe multiprofissional. É um núcleo de ações clínicas institucionais que é formado por médicos, enfermeiros, nutricionistas e uma demanda de outros profissionais que pudessem encontrar os pontos fracos que existiam na estrutura funcional do instituto. A partir daí, foram realizados os mais diferentes projetos a fim de beneficiar essa assistência à população.
O mais importante a ressaltar é que não houve grandes mudanças no corpo clínico, até mesmo porque quatro dos médicos que trabalhavam aqui permanecem e foram agregados mais quatro para ampliar o plano de assistência.
DIÁRIO DO SERTÃO: Como anda o processo de aquisição da UTI Neonatal?
Francisco Figueiredo: Na verdade nós temos algumas etapas em andamento. A primeira etapa é a licitação de equipamentos. E a comunidade precisa compreender algumas questões de natureza judicial. Por exemplo: Para que a universidade comprasse os equipamentos era necessário que o hospital fosse doado. Como ele foi apenas cedido, isso causou um problema interno dentro da universidade.
Então está sendo realizada uma licitação obedecendo a Lei 8666 que trata do regime de licitação para aquisição de diversos equipamentos para serem utilizados no nosso centro cirúrgico. Essa é a nossa primeira etapa, que é a área de obstetrícia e ginecologia.
Em um segundo momento nós partiremos para cirurgias eletivas que é um pensamento do gestor estadual Ricardo Coutinho, a fim de desafogar os hospitais regionais. Então o Instituto Materno Infantil, que obviamente terá seu nome modificado, atenderá outras demandas entre as quais cirurgias eletivas, como: vesícula e trauma-ortopedia, que precisa ser marcada com antecedência e poderá ser realizado em nosso ambiente hospitalar.
A neonatologia é uma terceira etapa que demanda recursos federais, mas que no nosso planejamento é uma prioridade, já que Cajazeiras e região precisa desse serviço.
DIÁRIO DO SERTÃO: Com a federalização do instituto haverá concurso público no Instituto materno Infantil? Se for haver, já existe uma perspectiva de data e número de vagas?
Francisco Figueiredo: A lei 1940 de dezembro de 2010, sancionada pelo então prefeito Léo Abreu pleiteava 75 vagas para este hospital, ou seja, o concurso que seria realizado, que foi adiado, teria 75 vagas para cá. Como o concurso foi adiado, os atuais contratos foram encerrados no início do mês. O Ministério Público Federal nos intimou a prestar esclarecimentos porque é que um hospital que está sendo gerido pela UFCG tem 100% dos seus contratados.
Então nós vamos pedir prorrogação de prazo por seis meses e levamos essa questão ao magnífico reitor Thompson Mariz que nos deu três alternativas. A primeira e provavelmente mais viável é que ele já protocolou no MEC 161 vagas para concurso público federal efetivo para o Instituto Materno Infantil. A outra situação é o processo seletivo simplificado que é um concurso público realizado pelo governo federal que tem duração de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois.
A terceira alternativa seria a aprovação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que é credenciada pelo governo federal. Ela absorve o quadro de funcionários que já existe e contrata mais. Então as perspectivas para Cajazeiras são muito boas. Pois a UFCG pode realiza concurso público para o instituto. Agora tudo isso está atrelado à doação, sem ela o protocolo não terá andamento. É preciso que a prefeitura doe os equipamentos para a UFCG.
A doação não tem natureza política, nada tem a ver com Carlos Rafael ou com Thompson Mariz. É a Prefeitura Municipal de Cajazeiras com a Universidade Federal de Campina Grande e acredito que ambos os gestores querem fazer o que é melhor para Cajazeiras e região.
DIÁRIO DO SERTÃO: O que melhorou na gestão da UFCG com relação a estrutura do instituto?
Francisco Figueiredo: Essa ala onde estamos foi reformada e outra está sendo construída. Essa ala reformada foi toda adaptada depois da gestão da universidade, de acordo com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A universidade a princípio climatizou todas as enfermarias, então todas elas possuem ar-condicionado, para o bem estar da criança e da mãe.
Estamos com um projeto de qualificação dos profissionais desde a área de higienização até a área médica vinculada ao Hospital Universitário de Campina Grande Alcides Carneiro. Temos projetos internos com professores e alunos da UFCG, com a Faculdade Santa Maria, com a Faculdade São Francisco. Estamos desenvolvendo um trabalho hospitalar que é um trabalho que deve ser iniciado a partir do mês de setembro. Outro trabalho é a humanização da assistência em que a prioridade de raça ou de partido.
E o que considero mais importante nessa estrutura toda é que nós somos um dos pouquíssimos hospitais do Estado que possui um Conselho Deliberativo que é formado por dez membros das diferentes categorias institucionais. Tem membro da Nona Gerência de Saúde, da comunidade, da universidade, da ação social, entre outros. Esse conselho é que delibera as execuções do diretor, o diretor não manda completamente no hospital, tudo o que for para a melhoria da população ou assunto que mexa com a estrutura financeira, tem que passar pelo Conselho Deliberativo e ser aprovado.
Acreditamos que em um prazo de 90 dias… Estamos aguardando que a equipe de engenharia da prefeitura finalize o prédio do bloco cirúrgico, pois a universidade já está licitando os equipamentos e em breve teremos uma maternidade totalmente climatizada, ou seja, nossos pacientes de Cajazeiras e região não precisarão ir para outra cidade. Vamos ter um ambiente agradável para que mãe e bebê sejam instalados. Bem como a nossa pediatria que está dentro dos padrões aceitáveis, pois já tivemos fiscalização da Agência de Vigilância Sanitária.
DIÁRIO DO SERTÃO
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