ANÁLISE COMPLETA: Como o Atlético de Cajazeiras superou a Desportiva Guarabira

O comentarista esportivo Kyev Maia analisou a emocionante partida entre Atlético de Cajazeiras e Desportiva de Guarabira realizada neste domingo (05) no Estádio Perpetão, confronto que garantiu a vaga do Trovão Azul do Sertão na Primeira Divisão.

A tática do conforto e a reação do Guarabira
A partida foi marcada por altos e baixos. O Atlético abriu o placar cedo, com um gol que simplificou seu esquema tático, levando a equipe a recuar. O time cedeu espaço e posse de bola à Desportiva, que, aos poucos, cresceu na partida e encerrou a primeira etapa em uma boa crescente.

No segundo tempo, mesmo após as alterações, o Atlético conseguiu o segundo gol. O que era cômodo se tornou ainda mais tranquilo para os donos da casa, que passaram a esperar o adversário. Sem mais nada a perder, o Guarabira foi para o ataque, impulsionado pelas entradas de Pedro e Noanders (o camisa 11), promovidas pelo técnico Hélio Cabral.

O panorama mudou radicalmente: o Guarabira melhorou a criação no meio-campo e descontou em uma falha do goleiro Edgar.

Reviravolta, risco tático e o show de horrores
A virada foi completa após um lance infeliz. O zagueiro China cometeu um pênalti infantil ao oferecer o corpo ao atacante, garantindo a penalidade que selou o empate.

Na sequência, o técnico Marcelo, do Atlético, assumiu um risco enorme. Ao tirar o atacante Bruno e abdicar da sua principal virtude — o poder ofensivo —, a equipe sofreu o empate.

A partir desse momento, o futebol deu lugar a um show de horrores: confusões, expulsões, empurra-empurra e troca de socos tomaram conta do gramado. Kyev Maia lamentou: “As imagens vistas foram de completa barbárie, algo que não gostaríamos de presenciar jamais em Cajazeiras.”

Jogador Matheuzinho comemora o gol (Foto: Fernanda Layse/ Diário do Sertão)

A consagração nas penalidades
Apesar do caos, a decisão seguiu para as penalidades máximas. Ambas as equipes mostraram bom treinamento, mas o Guarabira desperdiçou a terceira cobrança, acertando a trave. Na quarta e decisiva batida, o goleiro João Vitor se consagrou, defendendo a penalidade e recolocando o Atlético de Cajazeiras na elite do Campeonato Paraibano de Futebol.

O comentarista encerrou sua análise com um apelo: “Futebol é espetáculo, e a violência não coaduna e nem pode ter espaço dentro do campo.”

DIÁRIO ESPORTIVO

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