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Feministas cobram fim da impunidade tirando a roupa em cima de camburão

Um grupo feminista ucraniano, o Femen, levou sua marca registrada de protesto ao julgamento da ex-premiê Yulia Timoshenko nesta terça-feira (16), quando duas ativistas subiram em um carro de polícia em frente ao tribunal com seus seios à mostra. A manifestação do grupo, cujas ativistas realizam protestos "topless" frequentes para dramatizar sua causa, surpreendeu diversos […]

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16/08/2011 às 22h44

Um grupo feminista ucraniano, o Femen, levou sua marca registrada de protesto ao julgamento da ex-premiê Yulia Timoshenko nesta terça-feira (16), quando duas ativistas subiram em um carro de polícia em frente ao tribunal com seus seios à mostra.

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A manifestação do grupo, cujas ativistas realizam protestos "topless" frequentes para dramatizar sua causa, surpreendeu diversos policiais que estavam de olho em um protesto de simpatizantes de Timoshenko nas proximidades.

A dupla subiu no teto da van policial estacionada perto do tribunal, no centro da cidade de Kiev, tirando suas blusas e zombando da polícia e dos políticos que, elas diziam, pertenciam dentro do veículo, usado pela polícia para manter presos.

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"Esse veículo é reservado para bandidos… a saída está aberta", gritavam elas de cima do veículo, antes que a polícia finalmente subisse e conseguisse tirar as ativistas.

O protesto trouxe um pouco de alívio à tensão gerada pelo julgamento de Timoshenko. Ela é acusada de abuso de poder por um acordo de gás natural assinado com a Rússia em 2009, quando ela era primeira-ministra. A liderança do presidente Viktor Yanukovich diz que o acordo sobrecarregou a Ucrânia com preços altos demais para suas importações de gás natural.

O Femen realiza protestos frequentes pelos direitos das mulheres e aborda diversas causas desde campanhas contra o turismo sexual na Ucrânia ao tratamento de mulheres em partes do Oriente Médio.

O grupo assume uma posição contrária à situação na Ucrânia e tem sido crítico do histórico político de Timoshenko, assim como de Yanukovich, cujos comentários indelicados sobre mulheres serviram de pretexto para protestos.

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Ao explicar a ação de Inna Schevchenko, de 21 anos, e Oksana Sachko, de 23, na terça-feira, o Femen disse que era contra "as brigas sujas internas entre duas gangues criminosas que estão sendo divulgadas ao povo como uma luta entre o bem e o mal".

A ativista do Femen Alexandra Shevchenko, que não participou do protesto, disse que tinha como objetivo lembrar o Partido das Regiões de Yanukovich que "quando eles colocam a oposição na prisão, as vans prisionais também estão reservadas para eles".

Segundo um porta-voz da polícia de Kiev, as duas jovens foram detidas por causar "desordem pública", e receberão uma advertência ou serão multadas.

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UOL

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