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Juiz que atuou em Cajazeiras diz que impeachment de Dilma foi errado, culpa o Congresso pela crise e pede que o poder seja devolvido ao povo

Para o magistrado, Câmara e Senado são culpados pela crise porque ignoraram a democracia ao retirar a presidente por meio de um impeachment contestável

Por Jocivan Pinheiro

07/04/2017 às 12h44 • atualizado em 07/04/2017 às 12h49

Recentemente a TV Diário do Sertão esteve visitando um velho conhecido da sociedade cajazeirense, o juiz Edivan Rodrigues, que durante muitos anos atuou em Cajazeiras e hoje trabalha no Fórum Affonso Campos, em Campina Grande. Na oportunidade, o magistrado prestou entrevista exclusiva à TVDS onde avaliou a turbulência política no Brasil.

Para Edivan, o Parlamento brasileiro (Câmara Federal e Senado) é culpado pela crise política porque ignorou a democracia ao retirar Dilma Rousseff (PT) da presidência da república por meio de impeachment sem consulta popular. O magistrado afirma que o primeiro passo para tirar o país da crise ética e constitucional é devolver o poder ao povo.

“O motivo principal do país não sair da crise política é o fato de que o povo não foi chamado a dar a sua opinião nesse processo; foi tomado o direito de voto do povo. Representantes nosso no Parlamento resolveram mudar o governo sem ouvir o povo, e isso está ficando cada vez mais acentuado. O povo não aceita as diretrizes traçadas pelo novo governo. A crise continua, e eu não vejo soluções para a crise financeira sem que antes se resolva a crise politica.”

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Juiz Edivan Rodrigues atuou em Uiraúna e Cajazeiras

Além de ter rompido com a democracia e não ter resolvido a crise, o processo de impeachment de Dilma é juridicamente controverso, segundo explica Edivan Rodrigues.

“Se você tem um crime que lhe acusam e não há prova cabal e há dúvidas se você cometeu ou não, o juiz não pode lhe condenar. O que eu vi acerca desse processo de impeachment é que a presidente foi condenada na dúvida. A história vai julgar esse ato brasileiro”, finalizou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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