header top bar

Damião Fernandes

section content

A Possibilidade do Novo

04/12/2011 às 18h44

Tantos momentos em nossa vida onde precisamos olhar para nós mesmos e fazer-mos uma reflexão de nossas atitudes diante das pessoas ou diante das situações. Precisamos ter a coragem de olharmos pra dentro de nós e identificar o que e onde precisamos mudar.

Vivemos momentos propícios para isso. Momentos de mudança. E mudança comporta em si a capacidade de abrir-se ao novo, àquilo que é nos oferecido e muitas vezes também pedido.

Como diz o grande Filósofo Platão: “ Um vida não questionada, não merece ser vivida”. Não podemos perder a capacidade, o dom de questionar-nos, de fazer-nos perguntas importantes e que nos ajudem a melhor conduzir a nossa vida.

Mais um Natal que se aproxima, onde experimentamos em nossa existência a possibilidade do novo. O que é importante perguntar: O que ele mudará em nós? Nos tornaremos pessoas melhores, mais justas e coerentes? Mais simples e humildes semelhante ao Menino Jesus que nasceu na gruta de Belém? Ou será que nem ao menos perceberemos ou entenderemos o que foi o Natal, o que é Natal. Corremos o grave risco de não vivermos bem as oportunidades que Deus nos oferece, mas apenas vamos como que “empurrando com a barriga”.Será?

Deus nos espera sempre. A cada oportunidade que Ele nos dá é como se mais uma vez Ele gritasse para mim e para você: “precisamos recomeçar”. Não importa de onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa para Deus é o seu infinito desejo e vontade de recomeçar sempre. Isso é Deus nascendo em ti. É urgente o nascimento de Homens novos para tempos novos. A possibilidade do novo se inicia para todos nós e por isso temos a oportunidade de renascermos com ele.

Quando falamos em mudança, da possibilidade do novo, imediatamente me recordo de um dos grandes filósofos pré-socráticos: Heráclito de Éfeso. Foi um filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de "pai da dialética". Problematiza a questão do devir (mudança).

Heráclito, inserido dentro do contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático. "Panta rhei", sua "máxima", significa "tudo flui", "tudo se move", exceto o próprio movimento. Ele exemplifica, dizendo que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estarão lá, e a pessoa mesma já será diferente (de fato, a Biologia veio a descobrir muito mais tarde que nossas células estão em constante renovação, e isso é uma mudança).

Portanto, acreditamos que estamos em constante mudança, em constante modificação. E para nós cristãos, cremos que existe um único princípio causador dessa mudança: Deus. Não um pensamento ou uma idéia, nem muito menos uma energia, mas alguém que se encarnou, se fez gente, se fez pessoa, um Deus que tem coração e por isso Ama. Possamos permitir a ser-mos mudados por esse amor de Deus, que Ele provoque em nós essa mudança redentora.
 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

Contato: [email protected]

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: