Ao mestre com carinho
Caro professor José Wanderley Alves de Sousa,
Nesta ocasião escrevo-te para manifestar afetos e admiração. São muitos sentimentos que nos entrelaçam, dentre estes: a exultação de conceber-te como pai no ofício do conhecimento, na leitura para a vida.
Vejo em ti a poética dos instantes, tal como Manoel de Barros apreende em Bernardo a infância das palavras. Contigo, inclusive, sinto o quão deleitoso é carregar a água na peneira, voar fora da asa e, antes de tudo, fazer o verbo pegar delírio.
Teu nome de santo das chuvas. Tuas mãos alvas. Teu modo de ajeitar os óculos e sutilmente alisar a cabeça. A mulher que escolhestes para amar. Teus silêncios. És espelho, sem falsos moralismo. És empático, sem o caminho fácil das declarações elogiosas. És crítico, sem perder a delicadeza do olhar. És homem, professor, pai, esposo, mestre para mim e para tantos outros pupilos.
Hoje compartilhamos a mesma profissão de lírios e lágrimas: ensinar. Nela, por vezes, incorporo-te: no vocabulário, na organização, no saber claro e sucinto. E agora ouso dizer que “significativo” és tu. A calça social preta, a camisa amarela, o sapato lustro, o perfume “essencial” – são mais evidências do que rei que mora em ti.
Pelo abraço Rozilene de ser, minha gratidão.
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