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José Antonio

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As pedras do caminho de Chagas Amaro

22/04/2023 às 22h07

Coluna de José Antonio

Por José Antonio – Somente nestes últimos dois dias conclui a leitura do livro de reminiscências, “As pedras do meu caminho”, do professor Chagas Amaro, lançado solenemente na Câmara Municipal de Cajazeira, no último dia 24 de março de 2023, ocasião em que recebeu também o Titulo de Cidadão Cajazeirense.

Chagas Amaro foi meu aluno na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC), do Curso de História, da turma pioneira (1973)  e posteriormente nos tornamos colegas, na FAFIC e posteriormente da Universidade Federal da Paraíba e com o desmembramento da mesma para a criação da  Universidade Federal de Campina Grande.

Mesmo, quando esteve distante de Cajazeiras, por duas ocasiões, primeira quando foi ser professor nas terras maranhenses, sempre estava ouvindo de Padre Gualberto o desejo de trazer de volta seu antigo amigo e pupilo para dar aulas nos cursos da FAFIC, e mesmo com prejuízo financeiro acabou o convencendo e ele regressa para Cajazeiras.

Padre Gualberto era um educador de muita visão e primava pela qualificação de seus docentes e assim Chagas acabou indo, em 1978, fazer mestrado na Universidade Federal Fluminense, da mesma forma como me havia “rebocado” para Belo horizonte, em Minas Gerais, logo depois do meu casamento (ainda estava em lua de mel), para fazer uma especialização em Legislação Educacional e depois para USP, em São Paulo para fazer um minicurso de Antropologia Cultural. Os professores da FAFIC eram verdadeiras enciclopédias e Chagas foi uma das mais valiosas, na luta pela implantação do Ensino Superior em Cajazeiras.

O que mais dar prazer a um professor é ver o seu aluno ser maior que ele e é nesta conta que vejo Chagas Amaro, principalmente, no que se refere a sua luta, para galgar os espaços conquistados na educação, no ensino, na radiofonia e na vida pública.

Em muitas das páginas de suas reminiscências eu fui testemunha, talvez, tenha colocado algumas pedras no seu caminho, mas por outro lado, na relação aluno/professor e colega/colega, muitas destas pedras nós a apanhamos para  juntos construirmos as catedrais de nossos sonhos.

Testemunhei dois momentos importantes de sua trajetória: a  posse como Secretário de Educação de Cajazeiras, que o mesmo precisa resgatar todas as suas ações frente a esta pasta e como Diretor do Centro de Formação de Professores, no reitorado de um ilustre cajazeirense, Antonio de Sousa Sobrinho, que juntos dariam outro excelente trabalho voltado para História da Educação de Cajazeiras. Desculpe esta mania que tenho de mandar “os meus ex-alunos” fazerem pesquisas para publicar.

O livro de Chagas, quando concluída a sua leitura, dá vontade de reler mais algumas vezes, principalmente os fatos que traduzem a mais pura transcendência da história de Cajazeiras e de outras instituições educacionais por onde desenvolveu atividades de ensino e de educação. O que nos deu como memória pode nos remeter a muitos outros e profundos trabalhos.

Há mais alegria em dar do que em receber e Chagas nos presenteia com muitas pedras que colheu em seu caminho: recheadas de sacrifícios, de respeito, de luta, de paixões, de alma enternecida, de decência, de inteligência, fiel às convicções e acima de tudo: imortal. Ter aluno desta grandeza faz o velho professor feliz, já rumando para as alamedas da eternidade.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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