Avanços e lutas de Cajazeiras

Açude Grande, Cajazeiras (Foto: Diário do Sertão)

Por José Antonio – O povo de Cajazeiras recebeu com alegria a notícia do contrato entre o governo do Estado e a Agência Francesa de Desenvolvimento, que vai permitir as obras de esgotamento sanitário do Açude Grande. Era um velho sonho da cidade e de sua gente.

Cajazeiras sempre viu o Açude Grande como uma de suas relíquias, porque foi no seu entorno, há mais de dois séculos, que a cidade nasceu. Este manancial que durante anos matou a sede de seu povo e de seus animais, atualmente está “morto”, poluído e suas abençoadas águas estão “imprestáveis” para o consumo humano.

Despoluir é um passo importante, para que logo em seguida seja feita outra obra, no seu entorno, para transformá-lo numa exuberante área de lazer, com uma pujante arborização, praças bem iluminadas e que ao seu redor se transforme em um belo cartão postal da cidade. Este Parque Linear é um sonho de décadas, cuja luta poderá ser coroada em breve, através dos esforços do governo do estado e da Sociedade Civil Organizada, muito bem representada pelo Fórum Açude Grande.

As diversas etapas, algumas já vencidas, a exemplo da Implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, que vai desde o esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e a drenagem de águas pluviais, obras essenciais para o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano de nosso município, que tem conquistado e vencido várias etapas deste difícil processo.

Outro aspecto importante tem sido a ação da Secretaria do meio Ambiente, juntamente com a Sudema, com o inicio da delimitação da Área de Preservação, passo fundamental para que não aconteçam novas invasões, construções irregulares e principalmente a de evitar que novos esgotos caiam no manancial.

Esta é uma obra que fica debaixo do chão, não “produz votos”, mas seus benefícios são inumeráveis para toda a população de Cajazeiras, incluindo aí o que foi este açude para muitos de seus habitantes, que viviam da pesca, não só para alimentar a sua família, mas também para vender e com isto ter um aumento de sua renda.

Sonho com o dia que vamos abraçar este velho açude, usando o seu entorno, todo pavimentado, arborizado, cheio de praças, com crianças felizes, olhando o futuro e os novos avanços e lutas de nossa cidade.

Não podemos nos dar ao luxo de termos um potencial hídrico de mais de dois milhões e meio de metros cúbicos sem serventia nenhuma, ao não de ser o de contemplar o seu belo sol poente e ver a sua sangria todas os anos. É luxo de sobra.

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José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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