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José Antonio

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Bicentenário: miséria e fome não são páginas viradas

12/09/2022 às 17h05

Imagem ilustrativa - reprodução/internet

Por José Antonio

Muitos imaginavam que o 7 de setembro seria uma “bomba” e cercado de expectativas, mas eis que não passou de uma suave brisa com ares festivos e isto nos leva a crer que a sociedade brasileira tem mais juízo do que muitos imaginam.

O Supremo Tribunal Federal, um dos vértices de sustentação da República, preparou-se para investidas hostis, mas tudo se resumiu num cartaz de cartolina, aqui acolá, com frases que não tinham o menor potencial de fazer tremer os poderosos homens de toga preta.

Vi que as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil da Coroa Portuguesa, abriam uma perspectiva de muito alvoroço, fato que vinha nos deixando com uma pulga atrás da orelha, mas foi “mixuruca”, “choca” e aqui acolá com o toque destoante de algumas faixas ansiando por nova intervenção militar. Mera ilusão.

Em 1822, o Brasil era agrário e escravista e hoje, passado 200 anos, é uma das maiores economias do mundo. Tivemos ao longo deste tempo alguns espasmos autoritários, que logo o povo, com sua força, conseguiu fazer voltar aos trilhos da democracia. Tivemos a hiperinflação, que deixou a população sem rumo, quase “enlouquecida”. E o analfabetismo? Está com seus dias contados. E o desemprego? Deixa milhares de famílias sem dignidade. O agronegócio? A cada ano aumenta a produção de alimentos, no entanto os paradoxos se agigantam como nunca. A miséria e a fome não são páginas viradas da nossa História.

Quando a fome e a miséria cessarão no país que produz alimentos em abundância? No primeiro domingo de outubro, grande parte desta solução estará nas mãos deste mesmo povo que passa fome e vive na miséria, através do voto soberano e secreto. Renascem as esperanças.

Que Brasil temos construído nesses duzentos anos? Quantas pontes foram refeitas para unir, perdoar, acolher? Em qual barco navegamos, em rios caudalosos e mares revoltos? Em qual “Rio do Ipiranga” estamos às suas margens para darmos o nosso grito de liberdade? Estaria faltando um novo Grito do Ipiranga vindo da alma do povo, que pudesse ecoar nos campos e campinas deste imenso e rico Brasil?

Não consigo entender o que está passando na cabeça dos “donos do poder”, basta perguntar por que destinamos bilhões de reais para um Fundo Partidário Eleitoral e outros para as mordomias e privilégios dos ministros do STF, do STJ, dos senadores e deputados e não sobra nem os sobejos para subsidiar o piso salarial dos enfermeiros, que foram os heróis no combate à pandemia? Que país é este?

Mesmo assim, em meio a tantas injustiças e dificuldades, Viva o Brasil!

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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