Cajazeiras e seus canalhas!
Temos registrado nos anais da história a presença de homens e mulheres que numa postura altruísta mudaram os rumos de suas vidas e do seu povo. Homens e mulheres que, exigentes com seu caráter e comportamentos baseados em princípios e valores morais criaram cultura e viabilizaram o surgimento de uma mentalidade político-social coerentes com idéias de justiça, verdade e solidariedade.
Muito mais que escritos e palavras, estes homens testemunharam com suas próprias vidas, a exigente necessidade evangélica buscarmos a justiça de nossas atitudes e a coerência ética de nossos gestos. Não podemos negar que nossa história local está marcada por homens e mulheres deste quilate e tamanha magnitude. Homens que fieis aos seus princípios, fizeram história, melhor dizendo, transformaram-na.
Assim também, os que sem escrúpulos éticos ou negligentes morais, onde baseiam suas condutas na busca desesperada pelas satisfações de seus desejos pessoais ou coletivos interesseiros, ganharam destaque na historiografia mundial como também na de nossa cidade. Os canalhas – tanto lá quanto cá – constroem cultura e também fazem história.
A cada alternância de poder, dentro do mais legítimo processo político de uma sociedade, constatamos de forma límpida e clara quem são e como agem aqueles sujeitos afeitos a canalhice endêmica, quando se acostam á maquina pública apenas por interesses individualistas e oportunistas. Estes canalhas – tanto lá quanto cá – são conduzidos a pensar mais pelo estomago do que pela cabeça, pela razão. Apresentam-se como algoz dos direitos legítimos de uma coletividade muitas alienada em sua identidade e necessidade.
Esse assunto me faz lembrar a postura filosófica de um dos maiores pensadores da modernidade: Kant. Esse pensador afirmava que por natureza, somos egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos. Em suma, canalhas. É justamente por isso que precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.
Com relação á necessidade da prática categórica do dever, Kant desenvolveu o que ficou conhecido como imperativo categórico, que nada mais senão um mandato moral de agirmos corretamente segundo regras morais. Este imperativo exprime-se numa fórmula geral: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal. Em outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma.
Aos canalhas de plantão, fica este recado que o filósofo prussiano nos trouxe a mais de 250 anos de seu nascimento: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal.
Para saber mais
PEREZ, D. O. Kant e o problema da significação. Curitiba: Editora Champagnat, 2008
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