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José Antonio

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Cajazeiras perde forças?

28/01/2022 às 18h20

Coluna de José Antônio (Foto: reprodução/internet).

Por José Antonio

Tenho ouvido de alguns jornalistas, de empresários e de outros segmentos, que a cidade de Cajazeiras tem perdido forças, ficando bem aquém de sua antiga 5ª posição entre as cidades paraibanas, não só sob o aspecto econômico, mas também na força e pujança política. Basta lembrar que qualquer candidato a presidente da República teria obrigação de incluir Cajazeiras em suas visitas.

No inicio dos anos setenta escrevi para o jornal Tribuna da Paraíba, editado em Cajazeiras, que teve vida efêmera, uma série de artigos com o titulo “Cajazeiras, cidade do já teve”, que não agradaram o prefeito da época, o meu prezado amigo Francisco Matias Rolim, que na minha humilde opinião, foi o maior prefeito de todos os tempos de Cajazeiras. Basta citar um único fato: a modernidade chega a nossa cidade através da garra e da visão deste cidadão, que a amava acima de tudo.

Naquela época nós perdíamos dois importantes equipamentos: as linhas aéreas e o trem e no setor de educação as Irmãs Dorotéias e os Padres Salesianos, que entregavam as direções dos Colégios Nossa Senhora de Lourdes e Padre Rolim fatos que considero como uma perda irreparável para o ensino de Cajazeiras. Mas desde que a “praga do bicudo” acabou com a produção de algodão, nossa principal força econômica, provocou uma ruptura ainda hoje não sanada na economia do município.

Há alguns anos foi criado o MAC – Movimento dos Amigos de Cajazeiras, com o objetivo de defender suas lutas e bandeiras. Enquanto funcionou, teve uma importância fundamental para chegar junto aos donos do poder para encaminhar pleitos e sugestões.

Recentemente foi criado o CONSELHO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA DE CAJAZEIRAS, formado das mais variadas entidades com atuação no município. O movimento é apartidário e tem com clareza o objetivo de lutar pelo desenvolvimento de Cajazeiras. Vai ter sucesso? Só o tempo dirá.

Quando se trata de comparação, o que sempre nos vem a mente são as três principais cidades do sertão: Sousa, Cajazeiras e Patos. Pra cidade de Patos, há mais de uma década a perdemos de vista, ela avança em população, em eleitores, em arrecadação de ICMS e quiças, em breve, também em educação. Com relação à cidade de Sousa perdemos com enorme vantagem no setor industrial e agropecuário, pois impulsiona de forma avassaladora a sua produção de leite, que ressoa nos municípios vizinhos. E com a chegada das águas do Rio São Francisco, vai voltar a produzir banana e coco em larga escala. Cajazeiras ainda está na frente no setor educacional e talvez cultural.

Não temos feito mais do que o trivial feijão com arroz: calçar ruas, reformar praças, construir postos de saúde, valendo ressaltar avanços na área da saúde com equipamentos de ponta na geração de imagens.

Estariam faltando: União? Envolvimento? Movimento? Contestação? Motivação? Compromisso com o povo? Homens públicos comprometidos com a cidade para que haja engajamento para novas lutas em sua defesa?

Parte de nossas lideranças não tem demonstrado decisão política, comprometimento e criatividade para reverter o fosso econômico, no sentido de diminuir as desigualdades sociais históricas, o desemprego e a falta de uma discussão contemporânea as aprofundam ainda mais. Quem salva o município são as transferências do ICMS e FPM.

Estamos perdendo forças? Basta passar os olhos sobre a nossa posição, que antes era a 5ª, e vê em que colocação estamos hoje.

Ah minha querida Cajazeiras como eu gostaria de te vê em patamares bem mais elevados!

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

José Antonio

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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