China ou Estados Unidos? Brasil!
Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Fui fulminado por uma pergunta que tremeu minhas bases: desde Gilberto Freyre até Darcy Ribeiro: “você preferia viver sob o controle da China ou dos Estados Unidos? No caso, ele, como eu, já habitamos a terra do “Uncle Sam” (uma abreviação das primeiras letras de United States of América no meu caso em 1974, ele bem depois, e nós dois poderíamos nos considerar “americanizados”, mas o que eu trouxe de lá foram as bases de meus conceitos hoje considerados “esquerdistas”, a ideia da educação em tempo integral, o que mais tarde me fez aderir à idéia dos CIEP’s, “inovação” brilhante do grande Darcy Ribeiro que proporcionaria às crianças da periferia pobre carioca tivesse acesso à educação de qualidade em tempo integral, no que teve a adesão de Cristovam Buarque e outros que fizeram o PDT original, que hoje foi encampado por um Ciro Gomes que mudou seu pensamento político. Essas são minhas origens, e eu sempre me acostei, desde os tempos da volta de Brizola e ao “Socialismo Democrático” de Mário Soares, Tony Blair, e François Miterrand, que seria na famosa frase de Mário Soares como “a iniciativa privada, com a visão social”. Nunca tive pendores de apoiar ou me aliar de qualquer forma ao “Castrismo cubano” ou qualquer tipo de governo autoritário, seja ela de direita, apoiada pelos Estados Unidos, seja de cunho religioso, como os reinos teocráticos do Oriente médio, como os países satélites da China, como a Coréia do Norte. Hoje existe a disputa pelo mundo de uma direita europeia xenófoba e excludente para os menos favorecidos, seja na própria Europa, ou na fronteira sul dos Estados Unidos.
Então eu me volto para o nosso país, e me atrevo a fazer uma análise do que somos: na realidade, o que somos como país, é uma potência econômica, que não precisa se alinhar a ninguém, mas uma elite ressentida, fartamente abastecida pela grande mídia por ela comprada e as redes sociais sem o menor compromisso com a realidade dos fatos, se ocupa unicamente com uma coisa: “como eu não posso governar, vou inviabilizar quem quer governar”, e armaram um plano que culminou com a inviabilização do candidato favorito, a despolitização do povo, e a assunção de um governo confessadamente entreguista, que praticou ações de lesa-pátria nunca antes praticada.
Um caso paradigmático foi o fato de um chefe de estado prestar continência à bandeira de um país estrangeiro. Isso denota a subserviência de nosso país a esse, com se fossemos uma colônia. Outra: a entrega da base de Alcântara-MA, para os Estados Unidos, sem qualquer contrapartida, ou seja, aquela base passou s ser território americano, sem sequer indenização.
Outra: a cessão do campo de Libra, na bacia de Campos, para as “Sete Irmãs”, da mesma forma, sendo esse campo, uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, apenas o pré-sal, não é explorado, porque a tecnologia é de propriedade da Petrobrás. O petróleo dali extraído vai diretamente para os estados Unidos, sem sequer se pague os impostos devidos pelo fato de o petróleo ser extraído na nossa plataforma continental. Ao todo, a dupla Bolsonaro e Guedes, entregou três PIB’s dos Estados Unidos, sem que nós brasileiros tenhamos qualquer contrapartida.
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Agora, nossa terra é mesmo abençoada, pois foi descoberta a maior reserva de petróleo do mundo na foz do Rio Amazonas, que deve ser muito maior do que a bacia de Campos.
Por mais que se tire, o nosso país, vive a tropeçar em riquezas há mais de trezentos anos, e temos condições de fazer outra base de lançamento no lugar mais barato, ou seja, a linha do equador, que atravessa o nosso (ainda) país por milhares de quilômetros.
Nós não nascemos idiotas, somos “idiotizados” por diversos meios que são bombardeados diariamente que somos incompetentes, sem o ser, mas aprendemos a sermos inferiores. O Brasil não precisa de suseranos, nós é que somos a potência, podemos, com os devidos cuidados, dobrar nossa capacidade de produzir alimentos, ao nosso estilo, sem agredir de forma irreversível o nosso meio ambiente, mas nos impõem o fato de sermos uma república de bananas e sermos uma colônia dos novos tempos, sujeitas a seus interesses… China ou Estados Unidos? Nem um nem outro: Brasil, e pronto!!!
Como na inesquecível composição de Gilberto Gil: “Quem sabe de mim sou eu…”
Recife, 16 de maio de 2024.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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