Como será Cajazeiras em 2030?

Por José Antonio – Faltam-nos dados e eles são difíceis de conseguir para podermos fazer uma projeção do que seria o município de Cajazeiras no final desta década e ficam muitas perguntas sem respostas e herdamos só as hipóteses. O município não tem um setor de estatística, com profissionais competentes, para proceder estes levantamentos e subsidiar os estudos e projetos que poderiam indicar os novos caminhos e rumos.
Com a implantação de vários cursos superiores e a consolidação dos que foram criados em 1970, em 2030, atingiremos a marca de 18 mil universitários? É possível.
Na área do ensino fundamental e médio, nos últimos anos, os indicadores não são tão otimistas. Já não seria chegada à hora das lideranças políticas e dos membros da sociedade civil organizada começar a cobrar melhorias? A última grande escola construída pelo estado, para o ensino fundamental e médio, foi o Polivalente Cristiano Cartaxo, inaugurada no ano de 1972 e a grande reforma feita no Colégio Manoel Mangueira e a construção, no governo de Ricardo Coutinho, da Escola Nicéa Claudino.
Ainda não tenho em mãos para afirmar, mas provavelmente, o número de alunos do ensino médio poderá ter tido o seu crescimento pouco ampliado, em função de todos os municípios, na Região do Alto Piranhas, já no governo de Cássio da Cunha Lima, criou estes cursos, muito embora o Campus da UFCG e IFPB, em Cajazeiras, nos últimos anos ampliou o número de alunos, com a abertura de novos cursos profissionalizantes.
A educação tem sido uma das grandes colunas mestras do processo de desenvolvimento de Cajazeiras, outra área importante da vida econômica do município é o setor imobiliário, que tem crescido de forma vertiginosa. Até quando vai ser vantajoso um investimento neste setor? Neste momento, em Cajazeiras, nada é comparável aos negócios imobiliários. Os aluguéis têm ficado num preço nunca antes imaginado. E tem-se conhecimento de pessoas, devido ao alto valor, que estão vendendo imóveis que possuem em Cajazeiras, para comprar outros, bem mais baratos, em João Pessoa ou Recife.
Em Cajazeiras, há duas décadas existiam poucas casas que vendiam material para construção, entre elas a de Raimundo Limeira, Benedito Vicente e João Martins e hoje, incluindo os pequenos estabelecimentos situados nos bairros, já atinge quase cem e lojas de porte médio e grande são vinte e oito.
Em 2008, Cajazeiras ficava entre os seis maiores municípios da Paraíba, dentre 223, em recolhimento de ICMS. A iniciativa privada foi a grande responsável por este boom, associada aos investimentos feitos, em educação pela iniciativa privada e Governo Federal. Perdemos nos atuais dias mais de 10 posições, mas os recolhimentos nunca perderam seus patamares, isto porque perdemos investimentos para outros municípios da Paraíba, principalmente na área industrial.
A educação também tem sido a responsável, via cursos da área de saúde, pelo seu crescimento. O Hospital Regional e HUJB se tornaram Hospitais Escola e foram efetivados como um extraordinário campo de estágio dos alunos dos cursos de medicina, enfermagem, fisioterapia e com estes avanços alcançamos o quarto pólo no setor de saúde na Paraíba.
Estamos chegando ao fim do primeiro quarto do século. Qual e como será a fotografia de Cajazeiras em 2030?
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