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Heron Cid

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Dunga segue script

22/02/2010 às 00h02

Por Heron Cid

Para quem conhece o histórico de lealdade e abnegação política do ex-deputado Carlos Dunga ao grupo Cunha Lima fica díficil acreditar que o diligente petebista tenha tomado a decisão de abdicar da vice de Ricardo Coutinho (PSB) sem prévio consentimento ou comunicado ao ex-governador Cássio Cunha Lima.

Dunga, por intuição ou por informação privilegiada, já sabia que não recairia sobre ele a escolha do companheiro de chapa do prefeito de João Pessoa na caminhada ao Governo do Estado.

O suplente de senador saiu de cena para não ficar segurando vela que não lhe pertence. Ficaria muito feio pra ele manter a postura de espera, referendada pelo partido, e depois ser preterido, enquanto pode já ir pavimentando um projeto político consistente para 2010.

O maior beneficiado com Dunga na vice seria exatamente o deputado federal Armando Abílio, que receberia em troca da indicação redutos do "homem de Boqueirão" para concorrer novamente a Câmara Federal.

Depois de tanto conversar com Maranhão e emissários, Armando não dispõe mais de confiança do núcleo duro de Ricardo Coutinho. Portanto, não há motivo aparente ou interesse no jardim "girassol" de facilitar a vida de Abílio.

Além do mais, a definição do vice da chapa socialista passa pelo quesito Veneziano Vital do Rêgo. Ricardo aguarda a decisão do prefeito de Campina Grande para somente depois articular o melhor nome que faça frente a um eventual nome da Rainha da Borborema na chapa de Maranhão.

No meio de todo esse jogo ainda há o desejo pessoal do ex-governador Cássio Cunha Lima indicar um vice de casa. De preferência atendendo pelo nome de Ivandro Cunha Lima.

Cá pra nós. Tudo leva a crer que Dunga saiu de cena para que o verdadeiro protagonista entre no palco com as bençãos e aplausos de Cássio Cunha Lima.

Vamos esperar pra ver.

Perda – Armando Abílio não votará em Ricardo Coutinho. Foi o que ele disse com todas as letras ao MAISPB. O argumento: o PTB não foi tratado como merecia. Abílio agora vai conversar com Cícero e Maranhão.

Saldo negativo – A saída de Armando do bloco ricardista é sintomática. O deputado se notabilizou como grande entusiasta da candidatura de Ricardo ao Governo do Estado. Defendeu abertamente, mesmo censurado, o apoio de Cássio ao socialista.

Atento – Enquanto percebe as batidas de cabeça na Oposição, o governador José Maranhão aproveita cada lance ou baixa adversária para fortalecer suas investidas em partidos e lideranças políticas. Se abrir espaço, ele acerta no alvo.

Nem tudo são flores – Da mesma forma que Ricardo tem problemas a resolver, Maranhão também tem pela frente hemorragias a estancar. O problema PT não é de fácil solução. Roberto Cavalcanti é outro labirinto que precisa ser desvendado com muito cuidado. 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Heron Cid

Heron Cid

Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba, jornalista desde 2007 pela UFPB, tendo enveredado na comunicação aos 13 anos de idade. Apresentador de rádio e televisão, entrevistador, articulista político, fundador e diretor do Portal MaisPB e da Rede Mais Conteúdo. No Blog, traz a análise da política nossa de cada dia e o debate dos grandes temas sociais.

Contato: [email protected]

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Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba, jornalista desde 2007 pela UFPB, tendo enveredado na comunicação aos 13 anos de idade. Apresentador de rádio e televisão, entrevistador, articulista político, fundador e diretor do Portal MaisPB e da Rede Mais Conteúdo. No Blog, traz a análise da política nossa de cada dia e o debate dos grandes temas sociais.

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