Elemento chave
A névoa da disputa interna travada no bloco governista em João Pessoa tem encoberto das vistas dos meteorologistas da política local o real significado das eventuais mudanças climáticas que podem ocorrer quando março chegar.
É desse mês, data (18) do encontro interno do PT, que depende boa parte das previsões da eleição na Capital. O resultado do encontro terá impacto de trovão para sacramentar ou mudar as estratégias em curso. Dentro e pra fora do PT.
Vencendo a tese de candidatura própria, o cenário muda consideravelmente. A oposição se fortaleceria e ampliaria suas chances de vitória passando a contar com a candidatura do partido detentor do maior tempo individual do guia eleitoral.
O bloco de Ricardo também sentiria, inevitavelmente, os reflexos. Além de perder espaço no guia, teria que conviver com uma postulação nova, diferente das manjadas candidaturas de Maranhão e Cícero, donos de gorda rejeição. Um contrapeso e tanto ao discurso do projeto girassol.
A prudência manda que o PSB e sua base aliada, principais beneficiários da derrocada da tese de candidatura própria, mirem nos passos da disputa interna do PT. Adianta pouco queimar neurônios agora pra identificar qual a melhor candidatura girassol. As duas dependem muito de qual será a cena final do folhetim petista.
Peso – Nos bastidores, já é grande a movimentação, assédio e procura dos cabos eleitorais aos sete mil filiados do PT, aptos a votar no encontro interno da legenda em 18 de março.
De ouro – A mais de um mês do embate, o leilão já foi aberto. Petistas que exercem influência sobre votos de filiados estão pesando ‘ouro’ e aproveitam para valorizar o passe.
Pra não ficar devendo favor – Vermelho petista defensor da aliança com o PSB, contactado pela Coluna, jurou por todos os santos que ala do deputado Luiz Couto decidiu lutar pela vitória no encontro sem ajuda e interferência dos Girassóis no processo. Querem ter moral e crédito para em junho cobrar a fatura da vaga de vice, sem saldo devedor no Jardim.
Preparativos para o ‘pulo do gato’ – Os coutistas já estudam internamente nomes a serem apresentados no futuro como alternativa para composição com a candidatura do grupo ricardista. Prevalecendo o discurso de que o projeto está acima das pessoas, Antônio Barbosa é o preferido.
Bloco na rua – A caravana petista que quer a aliança com o PSB desembarca sexta no Hotel Royal, às 10h, onde lança manifesto de apoio à pré-candidatura de Estelizabel Bezerra. Ricardo Coutinho e o prefeito Agra confirmaram presença, além da própria Estelizabel, é claro.
A verdade – De Paulo Roberto Pessoa ([email protected]) sobre o ‘nego’ do deputado Edmilson Soares (PSB), que recusa o título de padrinho de Cristiano Souto, no IPM…
A estréia – “Não é verdade que Cristiano Souto já trabalhava no IPM. Ele chegou na administração de Edmilson, apadrinhado por ele e por Dra. Laura Farias, então chefe jurídica…”.
A brecha – “… Quando a Dra. Laura, que passou a mandar no IPM mais que o superintendente e, já com muito prestígio com o prefeito Ricardo, foi alçada à Superintendência da Emlur…”.
A testemunha – “… O jovem e inexperiente Dr. Cristiano assumiu o cargo exercido pela nobre Laura Farias”. Palavra do então diretor de previdência do IPM na época dos fatos relatados.
O detalhe – Independente da indicação política, que o deputado Edmilson Soares insiste em negar, espera-se que o doutor Cristiano faça um trabalho à altura do cargo. Não do padrinho.
Boquinha – Até hoje ninguém em Cabedelo sabe qual real serventia dos oito cargos, com salários de R$ 8 mil, criados na surdina pelo guloso presidente da Câmara, Ricardo Félix (PT).
Em campo – Enquanto Daniella Ribeiro (PP) curte a nomeação do irmão e Romero Rodrigues (PSDB) tenta se consolidar, Tatiana Medeiros (PMDB) já prioriza o corpo-a-corpo.
Na cola – O deputado Manoel Júnior (PMDB) teve longa conversa ontem, em Brasília, com Michel Temer. Uma semana depois da estada de Maranhão no gabinete do cacique.
Rindo à toa – O deputado Benjamim Maranhão (PMDB) foi visto andando no centro da Capital. Perguntado sobre a pesquisa que definirá o candidato do PMDB, não segurou o sorriso.
Pirraça – O suplente Armando Abílio (PTB) só fez o sacrifício de assumir na Câmara por parcos dois meses para não permitir a ascensão de Flaviano Quinto (PSD), dizem na ágora.
PINGO QUENTE – “Divisão pelo o que não é seu?”. Do ex-governador José Maranhão (PMDB) condenando os petistas que divergem da direção e brigam pela aliança com o PSB.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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