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Francisco Cartaxo

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Escolha dos patronos da Academia

04/02/2019 às 10h02

Coluna de Francisco Cartaxo

Volto ao tema para realçar a escolha dos Patronos da Academia Cajazeirense de Artes e Letras, aprovados na assembleia geral, presidida pelo secretário Ubiratan de Assis, de modo democrático e competente. Na seleção dos homenageados, procurou-se valorizar nossa história, respeitando suas diferentes fases e a rica diversidade artística e cultural de Cajazeiras. De modo didático, separo o elenco dos 40 Patronos em cinco blocos: a) educadores; b) escritores, poetas; c) jornalistas e memorialistas; d) artistas; e) radialistas e dirigentes de emissoras de rádio.

O conceito de educadores alcança não só os professores, mas também fundadores e dirigentes de escolas, além de personagens que contribuíram para a expansão do ensino, uma marca da história de Cajazeiras. Neste grupo, a figura emblemática é padre Inácio Rolim. A seu lado aparecem padre José Tomaz, dom Moisés, Crispim Coelho, Vitória Bezerra, Hildebrando Leal, dom Zacarias, Luiz Gualberto, Edme Tavares, Nazareth Lopes, Eugênio Pacelli.

Escritores e poetas é o que não falta em Cajazeiras. Tivemos a preocupação de selecionar, entre muitos nomes, os mais representativos de nossa diversidade cultural. Daí estarem ombreados como Patronos o parnasiano Cristiano Cartaxo e o poeta-repentista-violeiro-cantador Gerson Carlos. A eles se juntam Heliodoro Pires, Ivan Bichara, Francisco Cartaxo Rolim, Gervásio Coelho, Otacílio Dantas Cartaxo, Deusdedit Leitão, Rosilda Cartaxo, João Rolim da Cunha.

O bloco dos jornalistas e memorialistas abrange personagens que deram significativa contribuição às letras e à história de Cajazeiras, na condição de jornalistas, fundadores ou dirigentes de periódicos. É o que fizeram Ferreira Júnior, Arsênio Araruna, Antônio de Sousa, José Pereira, Tota Assis, em paralelo às atividades profissionais e políticas que desempenharam.

O bloco dos artistas é tão amplo quanto a multiplicidade de nossas manifestações culturais. Não foi fácil selecionar as figuras capazes de contemplar a nação de teatrólogos, atores, folcloristas, cineastas, cantores, compositores, músicos. Neste bloco de Patronos estão Zé do Norte, Hildebrando Assis, Íracles Pires, Rivaldo Santana, Lacy Nogueira, Geraldo Ludugero.

A radiofonia é um caso à parte. A importância do rádio, desde a segunda metade do século XX aos nossos dias, induziu a escolha de notáveis profissionais, ligados às raízes da radiodifusão em Cajazeiras. Mozart Assis, José Adegildes Bastos, padre Vicente Freitas estão aí como figuras representativas da força do rádio na região.

A inclusão de um Patrono em um desses cinco grupos não significa, em absoluto, que ele tenha desenvolvido somente as atividades naquela área. Apenas, procurou-se listar o Patrono no bloco mais afinado ao seu perfil. Assim, padre Vicente Freitas poderia enquadrar-se no grupo de educadores, mas ele se ajusta bem no de radialistas e dirigentes de emissoras de rádio, em virtude de seu profícuo desempenho à frente da Rádio Alto Piranhas, na sua primeira e decisiva fase.  Ferreira Júnior se encaixaria entre educadores, mas aparece no campo do jornalismo, para realçar sua condição de fundador do jornal mais importante da década de 1920.

Tudo isso foi levado em consideração pelo núcleo de pessoas responsáveis pela organização da ACAL. Esse enquadramento, porém, não significa limitação à elaboração da biografia do Patrono. Longe disso. O perfil deve abranger, no seu contexto, a vida, as ações e a obra do homenageado. Assim, esperamos vivificar a história de Cajazeiras.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

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