Fatos da educação e as contradições existentes no meio

Por Francisco Inacio Pita – Nos dias atuais existe um grande distanciamento entre a maioria dos professores e dos alunos; a escola, que devia ser um ambiente de paz e harmonia, é, na verdade, usada por diversos alunos, funcionários e professores como um espaço de desarmonia e infelicidade. Nada está perdido; o que falta é um planejamento eficiente entre os alunos e os professores. O mestre precisa interagir com o aluno no início do ano, especialmente durante os dias de planejamento escolar, que muitas vezes são conduzidos por vários coordenadores pedagógicos de maneira inadequada e sem sentido para a realidade atual. O professor conhece os seus alunos e que tal convidar aqueles que tiveram o melhor desempenho durante as aulas no ano anterior para um dia de planejamento, solicitar deles ideias de como deve lecionar no novo ano letivo? É claro que, se for para mudar parte de seu plano didático, precisa ter cuidado para não ferir as regras e as determinações do Ministério da Educação. A sua idealização pode ser aplicada; dessa forma, torna-se democrática e bem elaborada, porque vêm as ideias conjuntas dos professores e dos alunos. Embora o educador tenha que trabalhar mais, seu valor nunca diminuirá; pelo contrário, seus conteúdos poderão ser mais aceitos por seus alunos e chamarão a atenção deles, ajudando-os a manter o foco. Eles vão participar de suas aulas com mais gosto e, assim, o professor vai conquistar melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem, que são medidos pelo desempenho dos estudantes em relação ao conhecimento e habilidades adquiridos. São apenas ideias e sugestões que eu estou apresentando.
Tem uma diferença entre escolas públicas e privadas em nosso Brasil afora, principalmente no tratamento entre alunos e professores. A violência acontece mais nas escolas públicas, principalmente nos estados brasileiros onde tem uma maior população e a infiltração do consumo e circulação de drogas ilícitas dentro ou na periferia da escola.
Está mais do que provado que os meios antigos, como quadro de anotações, conteúdos copiados e explicações vocais em todas as aulas, estão longe da realidade pretendida pela maioria dos alunos da atualidade; eles se envolvem muito com as mídias digitais e os professores precisam se atualizar nelas, separar o que ajuda do que prejudica e aproveitar o que for ideal para as suas aulas. Além disso, existem outros fatores que afetam a vivência produzida pelos jovens na escola e na sociedade, como as redes sociais mal usadas, o consumo de drogas muitas vezes às escondidas e dentro da escola, a infiltração incontrolada dos entorpecentes nas periferias dos referidos estabelecimentos escolares e a falta de perspectiva de um futuro melhor impetrada na mente de muitos alunos. Talvez seja o ambiente escolar que não lhe chamou a atenção devida e o desejado por ele.
Na maioria das escolas, e principalmente nas públicas, olheiros do mundo ilícito fazem o convite de forma sigilosa aos jovens estudantes que estão ali apenas para ocupar um espaço. O convite vem acompanhado de várias vantagens, e o convidado não vê o lado negativo. Ele termina aceitando seguir em um caminho sem volta até o fim da vida, o que provavelmente acontece em pouco tempo. Na maioria das escolas, e principalmente nas públicas, olheiros do mundo ilícito fazem o convite de forma sigilosa aos jovens estudantes que estão ali apenas para ocupar um espaço. O convite vem acompanhado de várias vantagens, e o convidado não vê o lado negativo. Ele termina aceitando seguir em um caminho sem volta até o fim da vida, o que provavelmente acontece em pouco tempo.
Nem todas as escolas têm, sejam elas no meio privado ou público. Se ainda não têm projetos interativos e informatizados direcionados aos alunos, precisam alinhar a sua instituição educanda à informática, às redes sociais e a outros meios interativos, como música, jogos didáticos, danças. Nas escolas privadas, onde se gera a sua própria renda, os professores e coordenadores precisam de muita sabedoria e iluminação divina para convencer os proprietários a investir nos meios interativos, apesar de muitas delas já disporem de vários recursos chamativos em funcionamento. Os proprietários das unidades escolares privadas precisam saber que um bom investimento em fontes da atualidade vai modificar a sua instituição e chamar a atenção de pessoas que não participam diretamente delas. Precisa-se apenas de investimento financeiro, um bom planejamento e divulgação nas mídias sociais.
O segundo passo para as escolas públicas é procurar meios financeiros do próprio estado ou município. Caso não disponham para essa finalidade, podem solicitar da Câmara de Vereadores ou Assembleia Legislativa de seu estado a implantação de recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano seguinte. Quero mencionar uma frase do filósofo grego Diógenes de Sinope: “Antes tarde do que nunca”. Isso pode ser implantado tanto pela Secretaria de Educação dos Municípios quanto pela Secretaria de Educação do seu estado. Precisa de projetos bem elaborados, em que a instituição escolar apresente ao setor certo tanto do seu município como do seu estado. Se procurar, ou tem verbas para essa finalidade ou pode ser criada para modificar de forma justa e tornar uma educação legal ao encontro de todos.
Devo lembrar que não vão faltar alunos para criticar os professores que tentaram mudar a sua didática. Vai encontrar até colega de trabalho que nunca fala nos planejamentos didáticos, mas deve se pronunciar dizendo que seu projeto não dará certo ou você vai ter muito trabalho. Nunca abaixe a cabeça, erga-a e toque em frente a sua ideia, principalmente se for de forma humilde e planejada junto ao seu aluno. É mais ou menos isso que falta para o professor nas escolas ser visto de outra forma. Devo ainda lembrar: você vai trabalhar dobrado, mas os resultados com certeza valem a pena.
Os alunos, na maioria das aulas, ficam em conversas paralelas com os colegas. O professor conquistar uma turma e mantê-la engajada em sua grande missão é uma tarefa que a cada dia se torna mais desafiadora. Apesar da dificuldade inicial, existem profissionais que conseguem essa façanha por meio de estratégias inusitadas, proporcionando uma aproximação com o aluno de tal forma que os deixam naturalmente interessados em participar e se relacionar bem com o professor e os colegas.
A vida na escola pública é sempre um panorama de desafio; o governo alega falta de recursos, mas sabemos que pagamos uma grande carga tributária em nosso país. O principal objetivo da grande contribuição que pagamos, e de forma obrigatória porque são cobradas diretamente nas fontes do governo, tem por objetivo ser revertido para a população em diversos setores. Observa-se que a maior fatia desses tributos fica nos Poderes Legislativos e Judiciários, que criaram lei para usufruir de vários benefícios. Infelizmente, mudar esse quadro depende primeiro do povo fazendo uma boa escolha do legislativo, e o segundo passo, seria cobrar dos nossos representantes uma melhor distribuição desses recursos entre a população. Essas mudanças eles jamais vão fazer. Enquanto isso não acontece, faltam recursos para outros setores, principalmente na saúde e na educação.
As escolas públicas têm que enfrentar os grandes desafios que são entregues de forma aleatória e muitas vezes as gestões impõem a tarefa para o professor e, neste contexto, não fornecem os meios interativos e nem financeiros para realizá-las. O jogo é duro e o resultado é triste porque o professor não consegue mais realizar o seu objetivo em sua totalidade. A vida na escola se torna mais estressante e acobertada por labores que não condizem com a realidade desejada.
Difícil é saber quem é mais corrupto nas gestões públicas quando se refere aos setores municipais, estaduais e federais. Sabemos que tem muitas verbas, mas as suas aplicações nunca chegam de forma legal para as instituições; ao que parece, sempre tem atravessadores para ficar com uma parte e a forma transitória de governo a cada dia dificulta a realização de projetos. Verbas têm, mas a falta de interesse e a estabilidade administrativa são fatores que mais contribuem para o desgaste e o atraso na liberação dos recursos para as escolas; tem por trás de tudo isso uma grande burocracia para chegar a pôr as mãos nesses recursos.
Os projetos oferecidos pelo Ministério da Educação, Secretaria de Estado da Educação na maioria dos estados e Secretaria Municipal de Educação do seu município, quando têm mudanças, vêm trazendo uma realidade que muitas vezes não condiz com a projeção daquela para a escola. Em outra vertente, o aluno tem suas ideias e muitas vezes recua e não as apresenta a um professor; esse recuo acontece por medo de não ser aceito. Tem muitos professores que não acolhem a ideia do aluno, basicamente porque pensam que, se aceitarem, vão baixar a sua capacidade didática.
Mote: o aluno e o professor
pode mudar a nação.
Tudo pode mudar
com outra realidade
construir capacidade
de forma espetacular
toda gente vai ganhar
com a boa educação
muita participação
melhora em todo setor
o aluno e o professor
pode mudar a nação.
Se o governo quiser
com verba e planejamento
trazendo discernimento
da forma que convier
todos cumprir seu mister
com toda disposição
agindo com toda ação
como um bom construtor
o aluno e o professor
pode mudar a nação.
Falta usar prioridade
e também dedicação
mudar sem complicação
e usar a capacidade
sair da ansiedade
usando o seu bastão
dar valor a profissão
e cuidar com muito amor
o aluno e o professor
pode mudar a nação.
A escola se propondo
trazer o povo informado
terá um bom resultado
com certeza vai mudando
todo povo vai notando
vendo o gestor vacilão
sem faz boa gestão
gastando a todo vapor
o aluno e o professor
pode mudar a nação.
Estou na reta final
desse trabalho de ideia
falei pra toda plateia
de forma bem informal
apresentei um sinal
para uma boa educação
o que precisa é ação
prazer e muito amor
o aluno e o professor
pode mudar a nação.
Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.
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