Instituto Federal de Educação
Por Francisco Cartaxo
A Escola Técnica Federal foi conquista de Cajazeiras graças ao empenho do então deputado federal Edme Tavares. Se ele nada tivesse feito em oitos anos de mandato em Brasília teria garantido para si o direito de figurar, com mérito, na história educacional do sertão nordestino. A lei 7.741, de 20 de março de 1989, que criou a Escola Técnica de Cajazeiras, resultou de projeto de lei por ele apresentado em 1984. Mais tarde, em 4 de dezembro de 1994, Edme teve a merecida honra de inaugurar a Escola Técnica, mas apenas como cidadão, porque a Paraíba lhe negou um terceiro mandato no pleito de 1990.
Cajazeiras goza o privilégio de ter sediado a primeira unidade federal de ensino técnico profissionalizante, depois de João Pessoa. Campina Grande só recebeu instituição semelhante 13 anos depois, já sob a denominação de CEFET. E Sousa, por enviesados caminhos, saiu da velha Escola de Economia Doméstica Rural para a Escola Agrotécnica e, finalmente, campus do IFPB.
De Escola Técnica a campus do IFPB foi um longo caminho. Em 1994, a Escola Técnica Federal da Paraíba inicia a experiência de interiorizar o ensino técnico profissionalizante, com o nome de Unidade Descentralizada de Cajazeiras-UNED Cajazeiras. Só mais tarde, surgiram novas unidades, sendo que as mais recentes se encontram em construção nas cidades de Cabedelo, Monteiro, Patos, Picuí e Princesa Isabel.
Muito se fala da expansão do ensino superior. Mas nem sempre se dá à antiga Escola Técnica Federal o merecido realce. Por quê? Porque a política de interiorização do ensino, implementada no governo Lula, foi puxada em Cajazeiras pela luta em prol do curso de medicina de UFCG e pelo funcionamento de instituições privadas de ensino superior, a exemplo da FAFIC, da Faculdade Santa Maria e da Faculdade São Francisco. Esses fatos deixam em segundo plano a insubstituível contribuição do, hoje, campus de Cajazeiras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB.
Seja como Escola Técnica, CEFET ou, como é atualmente, campus de Cajazeiras do IFPB, aliás, muito bem instalado no Jardim Oásis, a unidade desempenha papel relevante na formação de tecnólogos com aptidões para desenvolver atividades profissionais na região e em outros lugares, gerando oferta de recursos humanos qualificados de nível médio em vários campos nos quais a carência é enorme. E o que é mais promissor ainda, o IFPB ampliou seu horizonte para o ensino superior em Cajazeiras, tendo matriculado em 2010, 193 alunos nos cursos de Automação Industrial e Análises de Desenvolvimento de Sistemas, ao lado dos cursos técnicos de Eletromecânica e Edificações, que somados a outros este ano matricularam 892 alunos.
Não para aí. O reitor do IFPB, professor João Batista de Oliveira Silva, irradia otimismo ao falar dos planos de expansão do Instituto, em particular, para o campus de Cajazeiras que ele conhece muito bem desde a época em que foi diretor do CEFET.
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