Justiça para Wilson Braga

Por José Antonio – Quando foi eleito Governador do Estado, Wilson Braga, antes da apuração ser concluída oficialmente, desembarcou em Cajazeiras no Aeroporto Antonio Tomás e foi recebido gloriosamente pelo povão do Sertão da Paraíba.
Desfilou pelas ruas da cidade ao lado dos aliados políticos, dos amigos e do povo. A cidade estava radiante com a vitória de Wilson Braga. O povo vislumbrava melhores dias para o município.
Wilson Braga era muito bem votado em Cajazeiras. Sempre existiu um eleitorado fiel que sufragava o seu nome seja pra que cargo concorresse. Era o voto da gratidão pelo muito que fez por Cajazeiras.
Após as manifestações populares Wilson se reuniu com as principais lideranças da cidade na residência do comerciante Francisco Arcanjo de Albuquerque. Sentado numa rede de varandas, cercado por todos começou a falar: “O que Cajazeiras me pedir eu faço. Devo ao seu povo parcelas impagáveis de minhas vitórias políticas. Serei o secretário e defensor dos interesses maiores desta terra. Agora me respondam: qual a obra que vocês querem para eu mandar começar amanhã”. O médico Iermirton Braga, juntamente com outros apaixonados por futebol responderam sem pestanejar: um Estádio de Futebol.
Realmente, o compromisso assumido por Wilson Braga foi cumprido. A cidade de Cajazeiras ganhava a terceira mais importante Praça de Esportes da Paraíba, batizada inicialmente de “O WILSÃO”.
Concluído o mandato de Governador, não obteve êxito na eleição seguinte, após concorrer um mandato para o Senado da República. Perdia o Poder na Paraíba. Os adversários políticos, na sua maioria sem o preito da gratidão, resolveram fazer uma destruição nos símbolos maiores de Cajazeiras, cuja marca representava a ação política e administrativa de Wilson. De forma avassaladora rasgaram e colocaram por terra, inclusive o nome do Estádio, que ele tinha construído para os filhos desta terra se divertirem e se alegrarem nas tardes domingueiras do Sertão. Um enorme nome que ficava no alto da marquise do Estadio, nome inclusive outorgado pelo coração do povo desta terra – “WILSÃO”, foi destruído a golpes de picaretas, tombando por terra as seis letras que traduziam o sentimento da maioria. A minoria vitoriosa destruiu o nome feito em concreto, mas não conseguiu jamais apagar da memória e do coração do povo o nome daquele que construiu com toda garra e afinco a “Maravilha das Capoeiras”, o nosso “WILSÃO” e por tabela o Teatro Ica Pires, outro grande sonho da cidade.
O Estádio já foi palco de belas e memoráveis tardes esportivas. Por diversas vezes o torcedor teve que voltar da porta porque suas arquibancadas já não comportavam mais gente. Ficou pequeno. Como pequeno ficou para o jogo entre Atlético de Cajazeiras e Campinense de Campina Grande.
A vitória do Atlético, sobre o Campinense, conferindo-lhe o título de CAMPEÃO PARAIBANO DE 2002, pela primeira vez em sua história, é a consagração da valentia, da teimosia, da persistência, da humildade, da garra e da capacidade dos que fazem o futebol de nossa terra.
Diante deste belo e extraordinário espetáculo, só mais outro, partindo da gratidão e do coração do povo desta terra, poderá resgatar e fazer justiça que era a de se fazer voltar, o nome “WILSÃO”, para cima da marquise, da mesma forma de antes, para que a história fizesse justiça a este grande benfeitor de Cajazeiras – Wilson Leite Braga. O CONSTRUTOR do Estádio.
Não importa o nome oficial, publicado no Diário ou como o desejem chamá-lo. Basta apenas fazer voltar as seis letras tombadas pela ingratidão de uns poucos, para calar no coração dos homens desta terra o maior dos sentimentos humano: a gratidão. Wilson Braga merece justiça. Que justiça seja feita.
Já não se elege governadores como nos velhos tempos e hoje Cajazeiras amarga uma política de “quintal” que só a tem prejudicado.
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