MAC e as grandes causas de Cajazeiras
Por Francisco Cartaxo
O MAC não nasceu do nada. Surgiu em seqüência a lutas concretas iniciadas por um punhado de cajazeirenses nos últimos anos. Lutas que deram certo e apontam o caminho para novas conquistas. O lançamento público do MAC no dia 12 de março na Câmara Municipal foi um sucesso. Poderia ter sido maior ainda se o auditório Edmilson Feitosa estivesse superlotado. Algumas pessoas que deveria ter ido preferiram ficar à distância, assuntando: De que lado está o MAC? Por isso, não foram. Se lá estivessem saberiam melhor a que se propõe o Movimento dos Amigos de Cajazeiras.
A propósito, um companheiro que, lado a lado comigo na campanha de 2008, ajudou a eleger o prefeito Léo Abreu, chegou à Câmara naquela noite, abraçou-me, correu o olho na assistência e, angustiado, cochichou ao meu ouvido:
Frassales, tem mais gente do lado de lá.
A frase martela a minha mente até hoje. Por esse motivo, recordo a ausência de importantes auxiliares da prefeitura de Cajazeiras, menos, é claro, a dos dois integrantes do núcleo do MAC, Anchieta Lima e Chagas Amaro. Os ausentes talvez estejam tão atarefados com os problemas diuturnos que lhes falta tempo para dedicar às grandes causas. Pouco importa. Amanhã, eles entenderão o significado do 12 de março para Cajazeiras.
O MAC não existe para imiscuir-se na rotina de prefeituras municipais, de partidos e lideranças políticas com ou sem mandato, nem de entidades como os clubes de serviços, sindicatos patronais e de trabalhadores, conselhos municipais, associações comunitárias urbanas e rurais, igrejas ou órgãos ligados ao ensino superior ou de nível médio. O MAC deseja ter todos esses atores sociais e políticos engajados na luta em prol de grandes projetos. Cada um preservando sua identidade, seus interesses e motivações.
Assim se conduzem os cajazeirenses que integram o MAC: Anchieta e Chagas, já citados, Abdiel Rolim, Alexandre Costa, Joaquim Alencar, José Antônio, Moreira Lustosa, o autor deste artigo. E Rubismar Marques Galvão, o coordenador, embora o MAC não seja entidade formal, registrada em cartório, até dispense calendário de reuniões e sequer possui livro de ata para resenhá-las. Não dispõe de nada disso, mas já se torna um corpo vivo atuante na sociedade cajazeirense e sertaneja ao abraçar grandes causas. De preferência em cima de situações concretas, ainda que algumas não sejam visíveis a olhos menos atentos, a exemplo do I Fórum de Desenvolvimento de Cajazeiras.
O I Fórum, ao trazer ao Rio do Peixe os pré-candidatos a governador, objetiva demonstrar que Cajazeiras não quer figurar, apenas, na contabilidade eleitoral dos candidatos. Quantos votos tem fulano? Quanto pagar pelo apoio de sicrano? Como compensar beltrano? Em dinheiro vivo ou emprego? Com obras, serviços, licitações arranjadas ou o quê? Essas coisas se praticam em todos os lugares. Aqui também, claro.
Mas, Cajazeiras não é só isso. Devemos mostrar lá fora nossa outra face. De que forma? Com uma agenda de interesses coletivos focada no desenvolvimento do sertão e da Paraíba. E Cajazeiras vai fazê-lo. E bem feito, apesar do nervosismo, da miopia dos que só enxergam “dois lados” em tudo.
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