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Edivan Rodrigues

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Mudanças visíveis e invisíveis em CZ

22/03/2010 às 23h42

Por Francisco Cartaxo

Cajazeiras vive extraordinário processo de transformação. Há mudanças visíveis, outras nem tanto. Basta andar pelas ruas para ver o que se passa na construção civil, por exemplo. O professor do Unipê, João Cristiano Rolim, arquiteto responsável por vários projetos de edifícios em João Pessoa, não visitava a terra de seu avô, Cristiano Cartaxo, desde 2006. Surpreendeu-se com o crescimento urbano da cidade verticalizado e em todas as direções. No entanto, ficou horrorizado com a desorganização urbana de Cajazeiras. Uma calamidade.

Com visão de mestre atento ao processo de organização do espaço urbano, ao uso do solo, ao meio ambiente, ao direito de circulação e lazer das pessoas, indagou-me, assustado:

“Meu tio, cadê as praças de Cajazeiras?”

Foi sua indignada reação diante da carência de espaços públicos de lazer, arejados, arborizados, enfim, tudo de bom inerente a praças, jardins e parques de fruição coletiva.

Tudo isso ele observou num relance. Por ter permanecido apenas no final de semana, não viu dezenas de ônibus, microônibus e veículos menores que, nos dias úteis, chegam a Cajazeiras, pela manhã e à noite, cheios de universitários e secundaristas. E retornam às cidades da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte, num raio de mais de 100 km. Esses veículos espalham-se em inadequados pontos da cidade, cumprindo a rotina de trazer e levar jovens sertanejos, que, de outra forma, dificilmente teriam condições de prosseguir os estudos. Portanto, aí está outra notável mudança visível em Cajazeiras (expansão do ensino), também exibida no desfile diário de moças e rapazes de branco dos cursos de medicina, enfermagem, fisioterapia, farmácia, serviço social.

No entanto, existem outras mudanças quase invisíveis. O leitor admitiria ver os médicos Carlos Antônio e Vituriano de Abreu, juntos, numa sala em busca do mesmo objetivo? Impossível, exclamaria o leitor. Contudo, eles estiveram juntos. Não vi a cena, mas aconteceu. Justo no Hospital Regional de Cajazeiras, onde os dois ex-prefeitos (adversários, quase inimigos) participaram da capacitação destinada a todos os profissionais de nível superior e, também, de nível básico e médio que trabalham na urgência e emergência do HRC.

Ao todo, foram capacitados 250 profissionais entre médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, enfim, todos os que desempenham tarefas na urgência e emergência do velho Hospital. Quem os treinou? Especialistas de São Paulo, portadores de títulos de doutores, com larga experiência nos setores de urgência e emergência hospitalar. Algo inimaginável. E aconteceu em Cajazeiras neste mês de março.

Aí está um exemplo de mudança invisível. Invisível, mas nem por isso, menos importante do que as outras, as visíveis a olho nu. Todas elas, ostensivas ou embutidas, são tão relevantes quanto as mudanças propugnadas pelo Movimento dos Amigos de Cajazeiras (MAC), lançado com sucesso, publicamente, no dia 12 na Câmara Municipal.

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

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