O futuro de Cajazeiras nas mãos de Zé Aldemir
No dia 1º de janeiro de 2021 o município de Cajazeiras terá a continuidade com o prefeito, José Aldemir, reconduzido à prefeitura pela vontade soberano do cidadão cajazeirense. Com mais experiência no executivo, adquirido nos últimos quatro anos, agora com amplas perspectivas de corrigir vários erros da gestão passada, principalmente no departamento de pessoal/financeiro/social, mas esta nova administração vem carregada de esperanças.
Precisa ampliar a transparência para gerar atos que gerem o que ele mais pregou em suas falas: combate a corrupção, porque assim procedendo sobra dinheiro para todos os atos da administração pública, dentre eles o pagamento da folha dos funcionários dentro do mês trabalhado.
Sabe-se que em centenas de lares, na zona urbana e rural, infelizmente, mesmo com os auxílios do governo federal, se constata que a miséria e a fome ainda campeiam em muitos destes lares, abundantemente comprovadas com a quantidade de mais de oito mil famílias incluídas no programa federal “Bolsa Família”, que recebem mensalmente mais de dois milhões de reais. Segundo o programa estes recursos se destinam às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.
Ouvi de um candidato a vereador de Cajazeiras: “sabia que havia miséria e fome, mas não na dimensão que eu vi”. As mazelas sociais são mais profundas do que imaginamos ao constatarmos que dezenas de jovens mulheres, com caras e falas de crianças, já se tornarem mães de um, dois e três filhos, entre quatorze e dezessete anos. Com que objetivos? Todas elas afirmaram: “para receber o abono natalidade e poder ingressar no programa Bolsa Família”.
Que perspectiva de vida tem estas jovens mães de famílias? Dentre elas, a maioria, para cada filho, um pai diferente, também muito jovem e desempregado, semialfabetizado e grande parte viciado em drogas. Será diante deste cenário que o prefeito Zé Aldemir deverá se debruçar para possibilitar a inclusão desta leva de cajazeirenses que residem (?) na periferia da cidade que ele vai gerir por mais quatro anos. A assistência social e a orientação sexual poderão melhorar a qualidade de vida desta gente, com construção de creches e programas com dimensões sociais capazes de reduzir futuros homens e mulheres à margem da sociedade.
Esta pandemia obrigou a todos os candidatos a porem o pé nas vielas da periferia, vendo esgotos a céu aberto, famílias morando em um único vão, às vezes sem sanitários, dentre outras inúmeras mazelas provocadas pelo desemprego e a inépcia dos agentes públicos. Devem ter visto lágrimas cobrindo a face de muitas mães, provocadas pelo sofrimento de ter filho e filhas atrás das grades de um presídio como traficante de drogas e ladrões. Viram com certeza famílias completamente desestruturadas, desamparadas e dilaceradas por ter em seu seio um filho dominado pelos traficantes. Estas cenas devem ter calado profundamente no íntimo da alma dos candidatos que ficarão inesquecíveis, marcadas a ferro e fogo. E diante de um quadro desta natureza, posso acreditar que o prefeito Zé Aldemir e sua futura secretaria de ação social possam encontrar os caminhos para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que para a cidade do porte de Cajazeiras o atual é bastante baixo.
Sabe-se o quanto o desemprego faz as famílias se tornarem indefesas, sofridas, angustiadas e têm que conviver com o corte de água e luz e com o aluguel atrasado e isto provoca um esgarçamento social incalculável na estrutura da família, porque os pais migram para o corte de cana, para catar laranjas e para grandes centros onde possam trabalhar como serventes da construção civil, deixando mulheres “viúvas” de maridos “vivos” e os filhos sem a figura paterna no seio da família.
Sabe-se que existem mães prisioneiras, prisioneiras de filhos, que desde o nascimento vivem num leito de uma cama, talvez por falta de uma gestação não acompanhada, e isto provoca a falta de brilho nos olhos, mas sobra amor no coração de cada mãe.
Mas a periferia não é só mazelas, sofrimentos e tristezas, nela existem famílias vitoriosas, com filhos prodígios e geniais, sob o comando de casais felizes. São os abençoados.
E que nunca nos falte a esperança de dias melhores e que os próximos quatro anos de Zé Aldemir, ao final, possamos ter uma cajazeiras cada vez mais digna e orgulhosa de seus filhos nela morarem.
Viva a esperança!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário