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Renato Abrantes

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O nascer do sol

21/10/2010 às 00h00

Quanto tempo temos até que nossas consciências se voltem para o bem e para a verdade? Não que não os aspiremos ou não os desejemos, mas, é fato que ainda não acordamos para o que pode vir, caso não acordemos.

A noite já vai adiantada. É certo que a manhã virá, mas não podemos prorrogar a noite. Os lobos insistem em uivar ameaçadoramente, já certos da presa colhida. Eles são covardes, só saem à noite. O dia lhes assusta. Às aves de rapina também.

O dia chega. A manhã anuncia, através dos primeiros clarões, a sua vitória. Ninguém deveria ficar desanimado, pois o grande sol virá. As trevas serão dissipadas e não haverá mais motivos para choro, nem para nenhum temor.

Porém, assim como é certa a vinda do sol, é também certo que ele só virá no momento em que levarmos mais a sério nossas consciências. Já basta de tanta mediocridade, o mundo está farto de pessoas conformadas em fazer tudo errado ou pela metade. Não se admitem mais pessoas que insistem em errar, não se preocupando com os seus erros e nem se responsabilizando por eles.

Precisamos de consciências novas em homens novos. Seres humanos diferentes, que sejam capazes de se assustar com os erros dos outros, mas também os próprios, pessoas que se inquietem quando o mal é feito, gente que queira acertar o passo da vida e da história.

Até quando continuaremos nos afogando em nossa pequenez?

Por quanto tempo ainda teremos que conviver com quem reiteradamente opta por não fazer o que é certo e fazer o que não é certo? Deus tem seus mistérios. O mal é um deles. Mas, o mal não vem de Deus; é por ele permitido. A liberdade, dom supremo que nem mesmo o Criador retira (Deus é educado), é a tábua de salvação para uns, mas, também, a tábua de condenação para outros.

O bem e a verdade são fins, não são meios. Atingir a verdade absoluta e alcançar o bem supremo. Eis porque estamos aqui. Não para outra coisa. Até quando insistiremos em não querê-los.

Somente quando formos livres, o sol, de fato, nascerá.

Renato Abrantes

Renato Abrantes

Advogado (OAB/CE 27.159) Procurador Institucional da Faculdade Católica Rainha do Sertão (Quixadá/CE)

Contato: [email protected]

Renato Abrantes

Renato Abrantes

Advogado (OAB/CE 27.159) Procurador Institucional da Faculdade Católica Rainha do Sertão (Quixadá/CE)

Contato: [email protected]

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