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Francisco Inácio Pita

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O ontem, o hoje e as cenas de recordações

09/02/2025 às 10h09

Coluna de Francisco Inácio Pita

Por Francisco Inacio Pita – Se você for observar as cenas de comportamento, fraternidade, amizade séria, o amor entre os casais, o relacionamento entre empregado e patrão, a convivência familiar entre os pais e os filhos, verá que tem uma grande diferença nos últimos 30 anos. Se a mãe chamar com a sua própria voz os filhos que estão fora da cozinha para lanchar, na maioria das vezes eles estão tão antenados ao celular que não percebem o chamado, mas se for uma mensagem via WhatsApp, a genitora será atendida na hora.   Nas festividades natalinas, nos aniversários entre famílias e amigos, no lugar do cartão impresso, envia uma simples mensagem via redes sociais. São as tecnologias digitais comandando todo o universo.

Para quem pensava que as emissoras de rádio teriam o seu fim com a chegada da televisão, da internet e outros meios digitais, se enganou completamente. As emissoras de rádio, a pesar de terem diminuído o uso através do aparelho receptor (rádio), estão nos aplicativos pelo celular, smartfone, iPhone, notebook e outros meios de áudio digital. A frequência diminuiu ou zerou entre os adolescentes e jovens, mas continua sendo inovado com outros meios, com vídeos, mais qualidade de áudio, uma forma de chamar a atenção dos ouvintes, além de uma interação direta entre os ouvintes e os apresentadores de programas de opiniões jornalisticamente falando. As emissoras de Amplitude Modulada, AM, estão saindo do ar em todo o Brasil ou fazendo a sua portabilidade para Frequência Modulada, FM. Esse novo sistema tem uma pequena desvantagem, o alcance através do rádio receptor diminuiu, mas os ouvintes quase não usam o aparelho de rádio, escutam pelos aplicativos existentes em grandes quantidades e gratuitamente para serem baixados via internet. O outro ponto interessante são os planos de acesso à internet com custos simbólicos e de alcance para a grande maioria da população.

Na minha residência e no meu local de trabalho, tem alguns aparelhos receptores de rádio, para ouvir as emissoras locais, e uso o aplicativo Radionet, para conectar com emissoras de outras regiões do Brasil. Admito que gosto bastante de ouvir rádio, principalmente se os seus interlocutores trabalham com independência e respeito à opinião dos ouvintes participantes, apesar de existirem poucos em nosso Brasil, e às vezes até eu mesmo participo.

A vida da população é uma verdadeira passagem de transição e exploração entre o próprio povo e os desvios de recursos da parte da maioria praticados pelos gestores e legisladores. A maioria deles tem um péssimo comportamento quando se trata de dividir os recursos entre eles e o povão, sendo que a população em geral fica sempre com a menor quantia, apesar de representar uma grande maioria de pessoas. Eles recebem altos salários, gratificações e outras vantagens absurdas pagas com o nosso dinheiro.

A maioria dos gestores, quando sai do poder, tem as suas contas rejeitadas pelos tribunais de contas, são denunciados no Ministério Público e outros órgãos fiscalizadores. Uma boa parte deles, quando deixa a gestão, fica inelegível por alguns anos, motivo: improbidade administrativa, desvio de dinheiro ou gasto de forma errônea e sem muita clareza. O pior da história é que parece que o povo esquece ou não acredita na justiça que o condenou. Terminado o período de inegibilidade, ele volta ao poder eleito pelo próprio povo.

Quero fazer uma análise do tempo passado e o que está acontecendo atualmente ao nosso redor. A nossa mente é um pendrive que armazena todas as informações e permanece viva em nossa imaginação. No cérebro humano são acumuladas todas as gravações dos momentos alegres e tristes, ocasiões que muitas vezes gostaríamos de lembrar, e outros períodos tristes que, se pudéssemos, apagaríamos da nossa mente para sempre. São as fases vivenciadas que representam uma verdadeira imagem do passado e do presente, enquanto o futuro é escuro e só pertence a Deus.

Por falar em recordações, quero agora lembrar de alguns momentos que vivi na minha infância, ocasiões que foram diferentes dos jovens de hoje até certo ponto, mas numa época onde prevalecia o respeito e um comportamento diferente do presenciado nos dias atuais. Hoje observamos o uso de vários meios de comunicação, mídias digitais e outras invenções práticas que não existiam no delinear das décadas de 1980 até 2000. Um dos fatos de que eu mais lembro foi a temporada de sala de aula na escola pública e na universidade, a prevalência do regime militar, proporcionando reações de medo, mas a grande maioria dos jovens procurava uma forma sigilosa, encontrar uma maneira para se libertar da cadeia branca, onde se vivia solto apenas a matéria humana, mas sem a liberdade de expressão, principalmente nos meios de comunicações existentes na época. As emissoras de rádio de Amplitude Modulada, AM, eram o meio mais comum de mídia utilizado pelo povo, existiam os serviços de alto-falantes nos postes das cidades, mas tinha a censura federal da parte do governo, até as músicas tocadas não podiam fazer críticas ou mostrar os erros das autoridades legislativas e executivas. Era uma verdadeira falta de alvedrio de expressão comunicativa, e quem desobedecesse à censura federal era severamente penalizado pelas autoridades constituídas em nosso Brasil de Cabral.

Com a quebra do regime militar em 1985 e a implantação das eleições diretas para todos os cargos legislativos e executivos no Brasil, e a reforma e publicação da Constituição Federal em 1988, proporcionaram uma grande vitória para o povo, principalmente para aqueles que estavam privados de liberdade. A juventude da década de 1980 pensava em dominar o Brasil de opressão em que vivia.

Hoje, no delinear do século XXI, poucos jovens sabem a história de revolta e reviravolta que passaram os jovens e cidadãos com o regime militar, implantado no Brasil entre 1964 e 1985, onde ninguém tinha o direito de expressar seus pensamentos e mostrar erros existentes na administração do Brasil. Se não acompanhasse à risca as determinações do governo, corria um grande perigo. Se alguém falasse nos meios de comunicação a verdadeira verdade existente em nosso país, era chamado de subversivo e punido perante a lei existente no Brasil naquela época.

Hoje a liberdade é muito grande em diversos meios de comunicação, mas é direcionada para faturar fortunas por algumas pessoas, principalmente os proprietários de aplicativos das redes sociais, eles oferecem o serviço gratuitamente, como: WhatsApp, YouTube, Instagram, Facebook, TikTok, Messenger, Kwai e outros. Os criadores e proprietários dessas redes sociais se aproveitam e, ao mesmo tempo, a maioria castra a liberdade dos usuários. Quando controlam as publicações, só é lançado o que interessa para eles.

Mote: a vida tem seu formato
ora bom, ora ruim.

A vida tem o destino
com a forma de andar
você precisa encontrar
um jeito bom e grã-fino
vem o brilho cristalino
bom pra ti e bom pra mim
com Jesus será assim
é só você ser sensato
a vida tem seu formato
ora bom, ora ruim.

Comande suas ações
com muita capacidade
procure a fidelidade
com as primeiras opções
e em todas as regiões
seja bom até o fim
esteja sempre afim
e nunca seja um ingrato
a vida tem seu formato
ora bom, ora ruim.

Deus é nosso protetor
em toda ocasião
nos dando a condição
de viver o seu amor
transmite em nós o valor
tornado um ser marfim
plante rosas no jardim
tornando tudo exato
a vida tem seu formato
ora bom, ora ruim.

finalizo com boa luz
que clareia toda ação
tendo de Deus proteção
na forma que me conduz
o bem em mim produz
um cheiro do alecrim
me tornando o bom delfim
sem ser mais anonimato
a vida tem seu formato
ora bom, ora ruim.

Muito obrigado a todos e até o nosso próximo encontro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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