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Francisco Inácio Pita

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O universo e suas divergências

21/05/2025 às 20h11

Coluna de Francisco Inácio Pita - © Arquivo/Agência Brasil

Por Francisco Inacio Pita – O mundo está diferente em todos os sentidos, uma parte melhorou enquanto outros setores estão de mal a pior, como dizia seu Zé da Serrinha, “a situação é bastante complicada e está de vaca desconhecer o bezerro.”

Observo que boa parte da humanidade continua sendo levada pela ideia de outras pessoas a viver uma vida desumana, submetendo-se a servir sem uma renda adequada e justa, levando uma vida social desigual. O alto custo financeiro para se manter tem levado uma parte da sociedade a viver de forma cruel, até passando por insegurança alimentar. E o que falta: a criação de emprego e renda, o retorno correto e bem aplicado dos impostos que pagamos, diminuição nas vantagens dos poderes legislativos, executivos e judiciários. São esses poderes, principalmente o poder legislativo federal, que ficam com a maior quantia dos impostos pagos pela população brasileira.

Se a sociedade em geral tivesse uma boa percepção, observaria que a maioria dos gestores, cuja preocupação é crescer financeiramente, multiplicar os seus bens, que são na maioria das vezes registrados em nome de terceiros, ajudar os correligionários e amigos mais próximos a viver bem, e para isso, usa o dinheiro público de forma desordenada. Quanto ao povão, a tendência é continuar sofrendo até a metade do ano da próxima eleição, onde muitos gestores e legisladores aparecem trazendo uma conversa bonita, desculpas por não ter cumprido o que prometera para aquela comunidade. Escuta todas as brocas, muitos eleitores o recebem com palavras desagradáveis, mas eles reaparecem conscientes e não revidam as brocas recebidas, apenas prometem novamente. “Se eu for reeleito, atenderei no primeiro ano da nova gestão todos os pedidos de vocês. Passado o pleito eleitoral, é reconduzido ao poder, mas esquece boa parte ou praticamente tudo do que disse na campanha eleitoral.

Após assumir o mandato, muda a sua rota de trânsito e não aparece frequentemente na presença do povo, troca de carro, manda aplicar um fumê bem escuro e tudo se torna mais difícil para contactar com o prefeito, reaparece nas inaugurações de obras, chega atrasado, e sobe direto para o palco, e fica apenas acenando com a mão para o povo. É claro, muitos ainda atendem no gabinete, dizem sim para alguns pedidos e não para outros. Para ser mais claro, uma parte da população pede muito e tem entre os pedidos como empregos, ajudas financeiras sem um destino certo, que se o gestor atender, poderá em um futuro breve responder no Tribunal de Contas do seu Estado.

O tempo passa e a pobreza só recebe ajuda de uma cesta básica na Semana Santa, no Dia das Mães e no Natal. Isto é, quando tem a sorte de receber. Se for observar os gastos com estes eventos, notará que a maioria dos gestores pagam vultuosas quantias na realização e distribuição dessas cestas básicas, muito acima do valor real, sobra parte dos recursos para alguém, e ainda tem gente que diz: ele ficou com boa parte do dinheiro, mas fez algo em benefício do povo. A falta de consciência do eleitor é muito grande, muitos, por necessidade financeira, recebem ajuda durante o período eleitoral, que aliás é proibido pela lei eleitoral, e votam em corruptos que passaram toda a gestão sem fazer praticamente nada para o povo.

A partir de abril do ano eleitoral, há muitas ações para o povo, vêm junto às desculpas por não ter feito o que prometeu, passando a mensagem de que, se eleito for, vai fazer de tudo para cumprir todas as ações direcionadas e solicitadas pelo povo. Aparece com uma carrada de promessas e, quando assume o poder, esquece novamente do povão. Até quando a população vai sofrer e os poderes vão viver na maré mansa, usufruindo das benesses desonestas e só lembrando do povo no período eleitoral. Cabe a cada eleitor tomar consciência e escolher com responsabilidade os seus representantes, na minha humilde opinião, falta apenas isso.

No passado e até bem recente, por volta dos anos 60, a honestidade reinava nas gestões públicas do nosso Brasil, os prefeitos tinham autoridade e governavam com transparência, se fazia pouco para o povo, porque na época gerenciava com poucos recursos, mas notava-se na dos prefeitos a prática da honestidade, muitos gestores após terminar o mandato administrativo, deixavam a gestão sem nenhum bem a mais do que já possuíam antes de ser prefeito, e muitos saiam até deixavam a gestão, com menos bens materiais do que possuíam antes, visto claramente a olho nu.

No tempo atual, nota-se que a maioria dos gestores eleitos entra no poder com má intenção. Gasta uma fortuna dos seus bens na campanha eleitoral, mesmo sendo proibido por lei, ou do prefeito que o apoiou deixa as contas do município totalmente desajustadas, esse dinheiro deve vir de retorno, a forma somente Deus sabe como.

Eu fico bastante triste quando observo a forma de ser eleito na maioria das gestões públicas e a maneira de gerenciar nos dias atuais. Observa-se que o poder legislativo, na maioria das câmaras, gerencia o duodécimo de forma errada, muitos gerenciadores compram o que não precisam, somente para beneficiar o vendedor da sua família ou amigo que contribuiu na campanha eleitoral. Enquanto essas cenas acontecem, o povo paga a conta sem dever, ou devendo por ter escolhido errado.

Mote: o mundo está diferente
e distante do passado.

Se ver a grande mudança
na linha do oriente
observa certamente
que tem pouca esperança
do passado só lembrança
é bem fraco o resultado
eu fico desanimado
com a forma da nossa gente
o mundo está diferente
e distante do passado.

Muito fato permitido
aqui no nosso Brasil
se você separar mil
verá o pouco sentido
o povo está esquecido
esquece o seu legado
não está preparado
para crescer o ambiente
o mundo está diferente
e distante do passado.

A falta de boa gestão
se ver a todo momento
sem um bom dissentimento
para cuidar do povão
não constrói a boa ação
trazendo um mal resultado
deixa o povo abandonado
da forma deficiente
o mundo está diferente
e distante do passado.

Falta no povo cultura
para seguir no amor
pouca gente dar valor
a nossa literatura
vai até a sepultura
despreza o seu passado
não curte o desejado
por faltar a boa mente
o mundo está diferente
e distante do passado.

Finalizo mais um trabalho
com muita tranquilidade
no campo ou na cidade
trafego sem ter atalho
não gosto de quebra-galho
e tenho bom resultado
fico bem desanimado
quando vejo um incompetente
o mundo está diferente
e distante do passado.

Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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