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José Antonio

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Os 150 anos de Bonifácio Gonçalves de Moura

27/07/2018 às 08h26 • atualizado em 27/07/2018 às 08h27

Bonifácio Moura nasceu em Luiz Gomes, Rio Grande do Norte, a 10 de dezembro de 1868 e este ano completam 150 anos de seu nascimento. Era filho de Daniel de Moura Pacheco e de Joaquina Gonçalves Moreira de Moura. No livro Memorial de Família, de Bosco Fernandes, editado em 1994, diz que Joaquina Vieira Gonçalves (Tia Quininha) ficou viúva e casou novamente com o Cel. Alexandre Pinto, que era seu tio e fora casado com outra irmã de Joaquina. Da união de Joaquina com o Coronel Pinto não houve família.

Do casamento de Joaquina com Daniel nasceu um único filho: Bonifácio Moura, que teve os seus primeiros estudos na cidade de Sousa e aos onze anos de idade foi estudar no Seminário, na cidade do Crato, sob a orientação de seu tio Padre José Gonçalves que era professor daquela tradicional casa de ensino.

Após dois anos de estudos matriculou-se no Ateneu Cearense, de Fortaleza, onde fez o curso de Humanidades. No ano de 1885 ingressou na Faculdade do Recife, num momento de “inquietante agitação política sacudida pelo verbo flamejante dos propagandistas da Abolição e da República”. Foi neste tumultuado ambiente de agitações, que se tornou Bacharel, em 1891.

Voltando ao sertão, em 23 de novembro de 1892, no mesmo dia e mês da Emancipação Política de Cajazeiras, casou-se com Ana Júlia de Sousa Rolim, filha do Comandante Vital de Sousa Rolim e Vitória de Sousa Rolim. Foi a partir deste casamento que se deu inicio à família Moura em Cajazeiras, hoje com inúmeros descendentes.

Em Cajazeiras estabeleceu-se como advogado e passou a exercer atividades políticas, como membro do Partido Republicano Federal, que obedecia a orientação de Álvaro Machado e Gama e Melo.

Bonifácio foi eleito para Assembléia Legislativa em 1900 e ali permaneceu até 1911. Como parlamentar consagrou-se como grande orador, pela sua inteligência e por ser muito culto.

Da tribuna assumiu uma campanha corajosa contra o governo, face aos novos momentos políticos vividos na Paraíba, sem se deixar intimidar com as ameaças e o governo em represália suspendeu o pagamento de seus subsídios. No decorrer desta luta político partidária, sentiu-se abandonado por seus colegas, diante dos conchavos políticos, decepcionado, abandonou a vida pública e recolheu-se à sua Fazenda Pombas, no município de Ipaumirim, hoje Umari, no Ceará.

Em sua fazenda preferiu a vida simples do campo, tendo inclusive recusado o cargo de Juiz de Direito de Cajazeiras e nem ficou animado a exercer qualquer outra função pública.

Faleceu em 12 de março de 1941, em sua fazenda, confortado por seu filho sacerdote, Dom Zacarias Rolim de Moura, ordenado padre em 08 de dezembro de 1937 e foi bispo da Diocese de Cajazeiras durante 37 anos, sendo esta fazenda também palco de seu nascimento em 13 de junho de 1914 e de sua morte em 05 de abril de 1992.

Além de Dom Zacarias, ainda do casamento de Ana com Bonifácio, realizado em 23.11.1892, nasceram os filhos: Mário Rolim de Moura, José Bonifácio de Moura, Estela Rolim de Moura, Vicentina Rolim de Moura, Francisco Rolim de Moura, Joaquim Rolim de Moura (Jaca) e João Rolim de Moura.

A cidade de Cajazeiras deve muito a atuação de Bonifácio Moura como deputado, porque se não fora a sua ação parlamentar, na defesa de nossa integridade territorial, quando alguns espertos tentaram alterar os limites intermunicipais, o nosso município teria ficado bem menor do que é hoje.

Bonifácio já é nome de rua em nossa cidade, mas Cajazeiras bem que poderia lhe prestar outras homenagens pela passagem dos seus 150 anos de nascimento.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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