Os 50 anos da CDL de Cajazeiras
Por Alexandre Costa – O ano era 1974, este modesto escriba dava os primeiros passos na vida acadêmica ao iniciar no Centro de Tecnologia da UFPB, em Joao Pessoa, o primeiro período do curso de Engenharia Mecânica que se tornou, pela sua complexidade, um dos maiores desafios da minha vida estudantil.
Nos corredores das salas de aulas zoavamos com os colegas de engenharia civil apelidando o curso de civil de “rasgado” pela relativa facilidade para concluir o curso, algo que não acontecia no curso de mecânica aonde a turma concluinte não chegava a 25% dos que iniciaram o curso.
Ufa! Nunca estudei tanto para concluir o curso, mas também me esbaldei na incipiente orla marítima das praias do Cabo Branco e Tambáu em noitadas que terminavam ao raiar do sol curtindo Barry White no recém-construído Farol do Cabo Branco.
Cito essas reminiscências estudantis para fazer o registro da vida do estudante Cajazeirense na capital do estado, mas que era profundamente ligado nas coisas que impulsionavam o progresso da terrinha.
LEIA TAMBÉM:
A informação vinha sempre a partir das 18 horas por meio de um potente rádio PHILCO Transglobe sintonizado nos programas noturnos da Difusora Rádio Cajazeiras (DRC) que me mantinha atualizado com tudo que acontecia em Cajazeiras. E foi pela Difusora que escutei pela primeira vez na vida uma tal de sigla CDL, na época, Clube de Dirigentes Lojistas uma associação que se propunha defender os interesses dos comerciantes locais que estava prestes a se implantar na cidade.
Chamou-me atenção, e não conseguia entender, o estardalhaço na divulgação maciça pela Difusora em todos os programas da emissora convidando os comerciantes para solenidade de criação da CDL em Cajazeiras. A explicação me chegou rápido: simplesmente o primeiro presidente da entidade que iria se implantar não era nada menos que o dono Difusora Rádio Cajazeiras: Mozart de Sousa Assis, uma figura multifacetada que atuava como comerciante varejista de Eletrodomésticos, empresário da comunicação e musico e que partir da sua posse como o primeiro presidente da CDL tornava-se também um líder classista.
E foi sob a liderança de Mozart que em 23 de março de 1974 foi empossada a primeira diretoria do então Clube dos Diretores Lojistas de Cajazeiras, constituída por nomes de peso do empresariado local daquela época: presidente Mozart de Sousa Assis; vice-presidente José Cavalcante da Silva; tesoureiro Gonçalo Pinheiro Torres, secretario Geraldo Pinheiro Brandão; diretor de relações públicas Aldo Matos de Sá; diretor do SPC José Nello Zerinho Rodrigues.
Estavam lançadas as bases para a criação de uma entidade classista que faria historia no pioneirismo de bandeiras levantadas e nas grandes lutas e conquistas exitosas ao longo de cinco décadas que tornaram Cajazeiras uma cidade forte e pujante. Falo de obras estruturantes como o nosso aeroporto e linhas aéreas, o Instituto de Medicina Legal e o Curso de Medicina da UFCG.
Hoje, como o atual presidente desta entidade, estamos celebrando em alto estilo, ao lado do seu diretor e sócio fundador mais longevo, Empresário José Cavalcante da Silva, os 50 anos de uma instituição que representa a união e a força da Sociedade Civil Organizada que literalmente leva Cajazeiras nas costas. Parabéns CDL!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário