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Padre Djacy

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Para 2014, a seleção tem de ser do Brasil

09/07/2010 às 22h07

Honestamente não deu para chorar. A desclassificação do Brasil para a Holanda nas quartas-de-final da Copa do Mundo na África do Sul estava dentro de um enredo esperado. O time de Dunga nunca foi afeito a espetáculos, apesar de ter obtido resultados positivos nas últimas temporadas como a primeira posição nas eliminatórias e a conquista das copas América e das Confederações. O futebol operário implantado pelo treinador em algum momento poderia falhar. E foi o que se viu diante da também não muito sedudora Holanda.

Depois de um primeiro tempo em que foi dona do gramado, a seleção brasileira não traduziu em gols o domínio. Já os holandeses fizeram exatamente o contrário: melhores na segunda etapa, viraram o placar para os dois a um com gosto amargo para nós. Nas derrotas sempre se buscam justificativas. Dunga não foi o líder e o estrategista esperados; Felipe Mello foi irresponsável com a expulsão mais que justa depois do pisão em Robben; as chamadas estrelas – como Julio César, Kaká, Luís Fabiano e Robinho – não exerceram seus papéis nos momentos mais importantes etc. O que faltou ao Brasil foi jogar bola com improviso e com alegría, típicos de nossas características.

Não faltou aplicação. Faltou talento. O país atravessa um momento de estrelas sem brilho e a atual geração, notadamente dessa que esteve na África do Sul, não demonstrou condições de ir mais longe da fase em que parou. A partir de agora os olhos devem obrigatoriamente estarem voltados para a próxima competição a ser promovida no Brasil. O primeiro passo, claro, é contratar um treinador capaz de trabalhar a longo prazo e com um ponto essencial, o de pensar que o elenco de 2014 deva ser em sua maioria de atletas que atuam dentro do próprio país.

Não se trata de nacionalismo exacerbado. Mas dá para imaginar o torcedor do São Paulo, Flamengo, Corinthians, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro torcendo ferrenhamente por jogadores que atuam e vivem há anos na Itália, Alemanha, Inglaterra, França em detrimento dos atletas ovacionados todas as semanas nas arquibancadas espalhadas pelos estádios brasileiros? Como seria no dia de hoje estar no Maracanã torcendo por Michel Bastos, Gilberto Silva, Felipe Mello e Daniel Alves se por aqui estão Roberto Carlos, Hernanes, Elias, Paulo Henrique Ganso e Neimar? É momento de reflexão e planejamento e o nome do novo técnico também deve ser avaliado com muito cuidado.

No passado, Luiz Felipe Scolari já rejeitou a seleção para trocar por Portugal; Wanderley Luxemburgo semrpe tem ligação muito estreita com jogadores e empresas envolvidas com o futebol; Leão é destemperado e não muito competente; Carlos Alberto Parreira que Deus o tenha! Surgem, então, nomes como Muricy Ramalho, Dorival Júnior ou Silas que vêm mostrando evolução nas últimas temporadas. Contudo, sempre é bom ficarmos alertas para o desejo pessoal de Ricardo Teixeira que já inventou Falcão (que se revelou medíocre) e mesmo Dunga. Apenas para contrariar, será que ele não apostaria suas fichas em Jorginho ou mesmo em Leonardo?

Culpados dela derrocada: Teixeira, Dunga e cia
O Brasil de Dunga desmoronou diante da Holanda e está fora da Copa de 2010. Desabou como um castelo de cartas em brincadeira de criança. E pior: o primeiro gol foi brasileiro (Robinho). No entanto, holandeses empataram e viraram o placar, castigando o incomum técnico Dunga, homem despreparado para a função, principalmente do ponto de vista emocional. A virada adversária só ocorreu porque o Brasil foi um espelho do treinador, falastrão e metido a "saber tudo". O goleiro Júlio César, apontado com o o melhor do mundo, entregou o ouro. No primeiro gol, saiu mal e Felipe Melo se incumbiu de marcar contra, não satisfeito com a bobagem, ainda levou cartão vermelho e desfalcou a seleção. Com nervos à flor da pele, jogadores brasileiros bateram demais, reclamaram bastante do árbitros japonês, colocando tudo contra na partida. Até o apito.

Decepções
Pela terceira Copa do Mundo consecutiva Kaká foi convocado e nunca foi a estrela que os torcedores imaginaram. Na África do Sul se fez de esforçado para curar de contusão o que deveria ser feito no Real Madrid, onde também não jogou nada até agora. Mais uma vez sua participação foi decepcionante e só um milagre divino o colocará na competição no Brasil. Robinho indivualista e fominha apresentou o futebol que o trouxe de volta ao Brasil, decepcionante, e demonstrou porque os times lá de fora não o querem. Júlio Cesar tido como o melhor goleiro do mundo na hora da decisão falhou. A nossa zaga tida como a melhor da Copa do Mundo entregou o jogo em duas bolas por cima.

CBF dispensa Dunga e sua comissão técnica
A CBF oficializou em nota publicada em seu site oficial, a dissolução da comissão técnica que comandou a seleção brasileira na Copa de 2010. Em linguagem seca e objetiva, a entidade oficializou a dispensa do técnico Dunga e de seus auxiliares. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, telefonou para Dunga para avisá-lo da dissolução da comissão técnica. Apesar de muita especulação,Teixeira ainda não escolheu o nome do técnico – mas decidiu – e anunciou – que vai fazê-lo até o fim do mês. O novo técnico, segundo fonte da entidade, terá a importante missão de renovar a seleção. Analisando a idade das seleções na Copa, os dirigentes perceberam que o Brasil era uma das seleções mais velhas da competição. Enquanto a Alemanha usou nove jogadores sub-23 e a Argentina usou sete, o Brasil tinha apenas um – Ramires.

BOLA DENTRO
Para a Alemanha pelo passeio sobre os arrogantes argentinos. Até nem parecia um jogo de quarta finais de Copa do Mundo. Pelo “olé” na turma do prepotente Dieguito a NOTA é 10!

BOLA FORA
Para a seleção brasileira na Copa do Mundo 2010. Sem técnico, sem os melhores jogadores, sem futebol, claro que ficaríamos sem irmos a final do mundial. A CBF não tá nem aí, já embolsou o dela, o povo brasileiro com o seu amor pela seleção que se dane ou espere até 2014. NOTA 0!
 

Padre Djacy

Padre Djacy

Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

Contato: [email protected]

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