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Gildemar Pontes

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Políticos na lata do lixo

28/08/2017 às 10h11

Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca) - Daniel Beltrá / Greenpeace

Absurdo o que este governo está fazendo com a Educação, a Saúde, o abandono de qualquer execução de política pública estruturante, além deste crime de lesa pátria que é a venda de um espaço no meio da Amazônia para garimpagem, corte de madeira e expansão do agronegócio predatório. Mais absurdo ainda é a apatia com que permitimos que isso aconteça. Estamos cada vez mais ilhados. Sindicatos, Associações, entidades de classes fazem barulho, mas não incomodam deputados e senadores, que continuam participando do leilão vergonhoso do dinheiro público por parte deste governo estelionatário e ilegítimo.

A Universidade parece um loteamento de grupos de doutores que querem apenas seguidores. Na prática, a maioria das pesquisas pouco ou nada contribui para alterar a realidade. O produtivismo visa apenas à ascensão funcional e as associações docentes ligadas a partidos continuam defendendo governos e não a Educação. O que foi feito no governo Lula não teve consistência para se manter, porque não foi vinculado à estruturação do sistema educacional integrado. E mais, o expansionismo das Universidades e Institutos Federais se deu no plano espacial, mas não foram asseguradas verbas orçamentárias para sua manutenção. Numa proporção muito maior, foram investidos bilhões em subsídios para escolas privadas.

O governo Dilma foi risível para a Educação, cortando verbas fundamentais e abrindo portas para que este governo nem migalhas ofereça, ao contrário, está pondo em prática a desestruturação da nossa única esperança em libertação pela via do povo: a Educação. O ataque deste governo entreguista a muitas frentes mostra como nós estamos dispersos, sem reação e agarrados mesquinhamente a idolatria de um ex-presidente. Por interesses cada vez mais particulares, segmentamos a luta em torno do umbigo e vemos indignados e impotentes o Estado Brasileiro ser destroçado com o aval de deputados e senadores que ainda recebem ovo, alimento precioso para matar a fome, ao invés de levar pedras, paus ou serem algemados em postes, como fazem com os bandidinhos que ameaçam a paz burguesa.

Não defendo que os linchem, porque aí estaria abdicando da minha civilidade, já em crise nesses últimos tempos, mas que fizéssemos mais do que reuniões para assinar documentos e expuséssemos estes canalhas, câncer das nossas feridas, para o mundo, em praças públicas, amarrados dentro de latas de lixo, como merecem ser tratados. Talvez esse choque na dormência do povo possibilite alternativas para que a história seja reescrita e os que ameaçam o Estado possam recuar e mudar o comportamento para atender aos interesses do povo.

Isto é apenas uma indignação de um cidadão que cansou de conviver com tantos parasitas no sistema e tanta gente que prefere se tornar zumbi, para quem sabe se banquetear com o sangue e os corpos do povo que trabalha e sobrevive em condições cada vez mais desumanas.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

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