Professores e professoras: Protagonistas no palco da educação
“Educar” – verbete da língua portuguesa que significa: promover o desenvolvimento da capacidade intelectual, moral e física de alguém ou de si mesmo”. No ato de educar dois elementos fundamentais estão presentes: um que ensina e o outro que aprende. O primeiro trata-se do professor que na pedagogia moderna, é considerado um facilitador dos caminhos nos quais enveredam o conhecimento, base da transformação daqueles que almejam vislumbrar novos horizontes.
É indiscutível que o trabalho do educador é laborioso, a começar pela preparação das aulas visando alcançar os objetivos traçados. Quantas horas são consumidas nos estudos das teorias e reflexões de como transmitir as informações de forma adequada às necessidades da realidade da classe. É nesta atmosfera envolvente, que o professor delira na busca do aprimoramento do conhecimento a fim de realizar uma boa aula que venha trazer algo enriquecedor para o alunado e de se auto afirmar como bom profissional.
Não obstante, que nos dias atuais, o trabalho dos professores não se resume somente no repasse de conteúdos, mas entender as diversidades existentes na sala de aula, por exemplo: alunos problemáticos vindos de famílias desajustadas onde os pais desconhecem o seu verdadeiro papel de serem os primeiros orientadores de seus filhos, jogando todas as responsabilidades na escola e principalmente nas costas do professor, que em certos momentos passa a ser psicólogo, pai e mãe dos seus alunos tentando contornar comportamentos inadequados resultantes de fatores emocionais que afetam a capacidade de assimilação dos mesmos.
Sem sombra de dúvida, o exercício do magistério tem uma dimensão grandiosa; são das escolas que saem cidadãos e cidadãs preparados para atuarem na vida, nas profissões, na política, no campo artístico e religioso. Esta conquista se deve ao trabalho incançável do professor, estimulador da inteligência dos seus educandos fazendo assim o mesmo, trabalho do ourives lapidando um rubi para transformar em importante joia.
Por mais que haja recursos tecnológicos o que é muito inovador na aula, de certa forma, eles auxiliam numa prática educativa atualizada, afinal a tecnologia é uma descoberta da modernidade que já faz parte da nossa vida sendo necessário aprender a lidar com a mesma. Entretanto a presença do professor na sala de aula é necessária, porque é dele que parte o direcionamento de qualquer situação de aprendizagem mesmo aquela ligado a informática, precisa da ação do professor, ninguém aprende sozinho.
Por outro lado, também só um ser humano entenderá outro ser humano; a máquina oferece conhecimento técnico, mas os sentimentos e reações emocionais das pessoas só serão compreendidas por outro ser humano nesta realidade, a figura do professor é de fundamental importância, no entanto, isto não é percebido e nem valorizado.
Parece tão simples ser professor, mas na verdade há uma grande nobreza no exercício dessa profissão. No livro “Os Sertões” de Euclides da Cunha está escrito:” o sertanejo é antes de tudo um forte” parodiando esta frase, se diz :”o professor é antes de tudo um forte”, além do trabalho árduo ele ainda precisa está preparado emocionalmente suportando os deboches, discriminações e desprezo que a própria sociedade desconhece o sua importante contribuição no crescimento da mesma.
Como diz o adágio popular “ainda resta uma esperança”. É bom pensar assim. Sem querer fazer apologias religiosas, mas se espelhando no exemplo do grande mestre da humanidade, refletindo a lição de humildade e coragem do mesmo, que não baixou a cabeça diante das dificuldades e humilhações, lutou pela justiça e propagou o seu ideal. É preciso que o educador seja forte para não se tornar massa de manobra, conhecer os seus direitos, lutar por eles e se valorizar na realização de seu trabalho. Afinal a peça fundamental do processo educacional é o professor ou a professora.
Existem aqueles que enobrecem o trabalho do educador (a), o próprio Rubem Azevedo afirma que: “ensinar é o exercício de imortalidade, continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra, professor assim não morre jamais”. Como nossas almas são suavizadas embalsamadas de perfumes e as nossas fisionomias manifestam sorrisos inocentes de uma criança em saber que ficaremos eternos na vida de tanta gente?.
E assim, vai passando aquele bom semeador que sabe preparar e fertilizar o terreno da mente humana, lembrando que desde a germinação até a produção de um novo fruto depende de nós. Se a nós professores nos é dada esta bela missão por que não nos orgulharmos de sermos bons lavradores deste importante solo?
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