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Saulo Péricles

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Queremos de volta nosso São João

26/06/2023 às 19h13

Xamegão de Cajazeiras (foto: reprodução TVDS)

Por Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Ontem, 23de junho , foi a véspera de São João. Uma das maiores festas da nossa Igreja Católica, sobretudo no nosso Nordeste, em que as cidades disputam qual delas faz a maior e/ou a melhor comemoração desse santo tão importante em nossa religião cristã, tanto, que apenas três figuras da cristandade se comemoram o dia do nascimento: o do próprio Cristo (o Natal), o da Virgem Maria (a Natividade) e o dia do nascimento de São João Batista, citado por Jesus como “o maior dos homens nascidos de uma mulher” que teve a intuição de apontar para Jesus e dizer “Eis o Cordeiro de Deus” e de batizar o salvador do mundo nas águas do Rio Jordão, que foi quando começou a vida pública de Jesus.

Então a festa de seu nascimento é considerada em nossa região uma festa que se equipara ao Natal, com muita comemoração, inclusive com as fogueiras, com que foi anunciado seu nascimento, mais fogos, traques, e mais uma quantidade de artefatos pirotécnicos, tudo ao som inconfundível de nossas musicas regionais.

Quando eu era criança, na nossa pracinha, a gente se reunia ao redor das fogueiras e comemorávamos uma festa maravilhosa, que opor vezes iam até o amanhecer do dia. Muita comida de milho (plantado de preferência no dia de São José), e muitas brincadeiras e as famosas quadrilhas, as adivinhações e mais um monte de coisas.

No tempo em que o Prefeito eleito foi Antônio Vituriano de Abreu, ele transformou  a Praça Dom Adauto em um local para festas e o chamou de Praça do Xamegão, e disse que os festejos de São João se estenderiam por 30 dias, em compasso, com “O maior São João do Mundo” de Campina Grande  este obra do saudoso Ronaldo Cunha Lima. Foram os maiores festejos juninos de nossa cidade, que o prefeito que o sucedeu elasteceu para 40 dias de festas, ainda bem que eu era muito mais jovem para enfrentar essa maratona. Depois vieram os grandes shows primeiro o de Fagner, que teve uma pequena participação minha, e depois o de Ivete Sangalo, para delírio de nossa população local que veio a assistir shows das grandes cidades.

Então, aconteceu com Cajazeiras uma coisa que sempre se repete: enquanto outras cidades montavam equipes profissionais para organizar esses eventos, nossa cidade foi entregando a amadores, e cada vez mais a festa nesse lugar público, que não se podia cobrar ingressos, foi entregue a pessoas que não faziam projetos que trouxessem patrocinadores que conseguissem bancar essa festa, e as outras cidades como Patos e ultimamente Sousa,  vieram a suplantar nossa tradicional festa.

Esse ano, para decepção de todos os devotos das festas de São João, na nossa cidade, o que viram foi na verdade, algo parecido com uma noite de finados; não havia para onde ir para comemorar a véspera de São João.

Para um saudosista como eu uma tristeza; para alguém que se aventurou a vir à nossa cidade para festejar, uma decepção.

Uma pena. Um erro que deve ser corrigido. Nós merecemos coisa melhor que nada.

Cajazeiras, 24 de junho de 2023.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Saulo Péricles

Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

Contato: [email protected]

Saulo Péricles

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Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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