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Abraão Vitoriano

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Quero ser eleito para lutar pelo povo

20/09/2010 às 12h08

“Nunca assumiu qualquer compromisso de luta em defesa do povo do seu Estado e do seu País (causas sociais), vivendo alheio à sua realidade. Como candidato, faz promessas, que se ganhar, será um lutador em defesa do povo. Mas só agora? Cuidado com esses hipócritas! Muitos deles só sabem mesmo o que é mordomia, vida boa. O mandato para essa gente é somente um meio de vida. Então, não votem! São espertalhões”. (Da cartilha formando consciência política: acordem eleitores paraibanos!)

Assim dizem os desejosos do poder político: Sou um grande trabalhador, quero lutar pelo o meu povo, vou morrer pelo o povo, quero defender meu povo, darei minha vida pelo meu povo, amo meu povo, confie em mim, vote em mim para sua vida melhorar… Quero chegar lá! E continua: pelo o amor de Deus! Vote em mim, pois, com seu voto, estarei no poder; preciso do seu voto para trabalhar por você, por sua família, pela sua comunidade. E assim, é a famosa ladainha promesseira. Prometendo e lutando contra tudo e contra todos. O negócio é ganhar a todo custo. É uma corrida tresloucada para sentar-se no trono.

Por que tanta gente quer conquistar o poder? Será que realmente é para trabalhar pela população? É por vocação política, por paixão às causas humanitárias, que se diz ser um forte defensor do bem comum, da comunidade, do seu Estado e do seu País? Essa gente que quer chegar ao poder, antes das eleições já trabalhava pelo o bem estar do povo? Era engajado em alguma luta social? Estava sempre ao lado dos mais carentes, dos sem vez e sem voz, nas suas lutas diárias por vida? Ou só agora estão saindo do “armário” e, aproveitando-se do marketing político eleitoral, do malabarismo da camuflagem, da técnica da enganação, dão uma de defensores do povo?

São tantas promessas. Promessas boas, louváveis, merecedoras de aplausos, claro, se não fossem demagógicas e de má-fé: luta contra a fome, a violência, o desemprego, a miséria; luta para que o povo tenha casa, terra, moradia digna, saúde, educação, etc. Infelizmente, essas palavras bonitas e calorosas de palanques não se traduzem na prática, e o povo, coitado, como sempre, fica a ver navio.

O que tem de candidatos por aí, com cara de santo ou de anjo, prometendo o céu e a terra, não é brincadeira. Aliás, neste tempo, a terra fica cheinha de anjos: anjos prá cá, anjos prá lá, todos eles rodeando, rodeando os filhos humildes de Deus. Não há uma casa sequer, que não receba uma bendita visitinha desses homens e mulheres revestidos de santidade. Como eles são tão bonzinhos, maravilhosos, simpáticos, parecem que desceram do céu. Ah! Meu Deus, quanta hipocrisia, farisaísmo!

Volto a fazer, com insistência e provocação, as mesmas perguntas feitas no início deste artigo: antes das eleições, onde estavam esses anjos salvadores, quando o povo clamava por pão, justiça social, por água, por paz, por dignidade, por moradia, por saúde e educação de qualidades, por reforma agrária, por vida? Onde estavam esses promesseiros do bem, quando na luta pela transposição de águas do rio são Francisco? Onde estavam vocês, quando na luta por estrada asfaltada, por ponte? Afinal, vocês que se apresentam como aqueles que vão libertar o povo, onde estavam nas horas mais dramáticas desse mesmo povo? Estavam com eles? Ou estavam por aí, vivendo uma vida de príncipe, de mauricinho, de vida boa?

Digo sem medo de errar, que muitos desses candidatos que andam prometendo revolucionar a vida do povo, nunca tiveram compromisso com as causas sociais, nunca assumiram uma bandeira de luta em defesa dos pequenos, dos excluídos, dos marginalizados. Só agora, para conquistar o poder, que é tão doce, mostram-se preocupados com a vida sofrida da população. Mais que hipocrisia absurda! Até diria, que muitos desses não têm vocação para estar no meio do povo, sentir suas angústias, suas necessidades mais prementes, nem tão pouco sensibilidade humano- cristã.

Cuidado, Eleitores, com esses falsos profetas. Muitos deles só querem mesmo é tirar proveito de sua miséria, de sua situação desumana. Para eles, o importante é o mandato, que lhes proporcionará regalias, mordomias. Suas promessas de lutas são pretextos ou estratégias de campanha para chegar lá. E o povo é apenas um detalhe.

Abraão Vitoriano

Abraão Vitoriano

Formado em Letras e Pedagogia. Pós-graduado em Educação. Escritor. Poeta. Revisor de textos. Professor na Faculdade São Francisco da Paraíba e na Escola M. E. I. E. F Augusto Bernadino de Sousa.

Contato: [email protected]

Abraão Vitoriano

Abraão Vitoriano

Formado em Letras e Pedagogia. Pós-graduado em Educação. Escritor. Poeta. Revisor de textos. Professor na Faculdade São Francisco da Paraíba e na Escola M. E. I. E. F Augusto Bernadino de Sousa.

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