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Edivan Rodrigues

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Rede hoteleira de Cajazeiras

24/02/2010 às 09h17

Por Francisco Cartaxo

Já vai longe o tempo em que Cajazeiras reivindicava ao poder público a construção de um hotel à altura da cidade. A Estância Termal de Brejo das Freiras seria o modelo. Pura fantasia. Ilusão eram também as pousadas turísticas do governo Wilson Braga. Pediam-se hotéis como se faz com rodovias, aeroporto, escolas, água e saneamento. Sempre a vincular hotel e turismo. Essa época passou.

A realidade hoje é outra. Sem estardalhaço, empresários locais, antenados com o crescimento extraordinário de Cajazeiras, avaliam os reflexos econômicos do ensino superior e técnico, as perspectivas decorrentes de sua expansão e decidiram investir na construção de hospedarias. Atentos ao mercado, eles começam a eliminar um ponto de estrangulamento de nossa economia. O que ocorre em 2010 é comparável ao arrojo de Raimundo Ferreira nos anos 1960, que juntou, num mesmo ponto, o terminal rodoviário, hotel, restaurante e lanchonete. Muito depois é que surgiram os hotéis Regente e Gravatá.

Agora, nascem dois empreendimentos de maior expressão. São mais de 80 apartamentos que ampliarão em cerca de 20% a modesta oferta atual de leitos da precária rede hoteleira de Cajazeiras. Os dois novos hotéis já foram iniciados. Por coincidência, ficam próximos um do outro na Avenida Comandante Vital Rolim. Um, pertence ao engenheiro Crispim Coelho, ativo empresário da construção civil, com experiência também no segmento de motéis, proprietário que é do Colina Motel.

O hotel de Crispim ofertará 40 apartamentos em seus quatro andares servidos por elevador, além do térreo reservado para recepção, restaurante, área de lazer e lojas, sem contar amplo estacionamento. Quem trafega pela citada avenida, neste final de fevereiro, pode ver a obra em sua segunda laje de concreto. Sobe rápido. Igual ao edifício, em começo de construção sob regime de condomínio fechado, que o mesmo Crispim coordena. Neste caso, um prédio maior, de seis andares e 24 apartamentos, situado nas proximidades da Avenida Donato Braga, aquela que o bom humor popular chama de Estrada do Amor…

O outro hotel já nasce no alto, pois utilizará a estrutura básica do Shopping Cajazeiras, do qual ocupará o último pavimento. Trata-se de hotel com características diferenciadas, na medida em que terá suítes e ambiente adequado à realização de conferências, reuniões, encontros e convenções. Com a entrada no ramo de hotelaria, o empresário Pedro Abrantes diversifica seus negócios. Transfere, portanto, excedentes financeiros gerados em negócios industriais, como produtor de fios têxteis, na incorporação imobiliária e em outras atividades. Quem vai ao Shopping de João Araújo, já pode ver a ampliação em pleno andamento.

Estamos diante de dois projetos em fase de execução. Nem sei quando ficarão prontos. Mas, seguramente, não sofrerão os atrasos que marcam determinadas obras públicas, fruto de promessas de nossos governantes. Promessas que, entra governo sai governo, arrastam-se anos a fio. E, quando começam, rastejam feito tartaruga. Exemplo? A Penitenciária à margem da BR 230. Que não seja o caso do novo aeroporto.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

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Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

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