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Heron Cid

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Representação

04/10/2014 às 23h28

Impossível não pegar carona no pertinente e bem alinhavado artigo do ex-senador Roberto Cavalcanti para exortar o eleitor paraibano a refletir sobre a escolha dos nossos futuros legisladores, um voto geralmente relegado ao pouco caso do cidadão e passível de influências maléficas e fúteis.

Pelo o que se sabe, vê e se testemunha, é caso de se apelar mesmo, na mais pura acepção da palavra. O voto pra deputado é levado a sério por uma diminuta parcela da população. A maioria se permite a negociar sua decisão. Às vezes no sentido financeiro, às vezes terceirizando sua convicção e se deixando levar por indicações.

O voto pra deputado é o mais mercantilizado. Não por acaso os pretendentes gastam fábulas com os atravessadores desse perverso e criminoso mercado, que cooptam direto na fonte. Uma realidade de ponta a ponta nesse Estado. Assim, apesar do apelo, o que esperar de uma representação que será fruto desse balcão?

Infelizmente, pouco ou quase nada. As vagas da bancada federal estão praticamente loteadas entre famílias. A taxa de renovação tende a ser baixa e o que houver de novidade representará simplesmente a lógica da ocupação oligárquica dos espaços de representação.

Na Assembleia, o poder de fogo, a estrutura da campanha e, mais uma vez, a tradição familiar tendem a ditar as regras. Nas rodas políticas, ser considerado um “candidato liso” é a pior praga que alguém pode jogar no postulante. É a senha para cabos eleitorais se afastarem e a “sentença” de derrota.

Ainda assim, diante desse quadro desolador, há de se invocar o poeta porque é “preciso ter força, é preciso ter raça” para manter viva a esperança e acesa a chama de que o voto tem o poder da transformação. O poder de construir o dia em que pra virar deputado não seja preciso carregar um sobrenome “Filho” na certidão de nascimento.

Sensação de… – Demorou, mas finalmente petistas e aliados de Lucélio Cartaxo, candidato ao Senado, puderam comemorar o endosso da coligação com o PSB, no TSE, em Brasília.

Alívio – “O ministro (Luiz Fux) adentrou no mérito de forma profunda, tratando todas as questões relevantes. Uma decisão impecável”, analisou o advogado Marcos Túlio.

Final da batalha – Em contato com a Coluna, Lucélio desabafou com recado direto ao PMDB: “Tentaram, fizeram de tudo, mas não conseguiram impedir minha candidatura. Quem vai decidir agora é o povo da Paraíba, confio na vontade popular. Aposto no sentimento do povo pela renovação. Eu tenho essa convicção”.

Vídeo – Filho de Parari, pequeno município do Cariri, o jornalista Evaldo Costa, candidato à Câmara Federal, ganhou depoimento de João, herdeiro mais velho de Eduardo Campos.

Testemunho – “Evaldo foi um companheiro do meu pai em sete anos de governo e foi fundamental para construir sonhos nas vidas das pessoas de Pernambuco”, diz o jovem de 20 anos.

Coletivo – O PMDB paraibano ainda não entendeu que um eventual fiasco da candidatura própria do partido não entrará somente na conta do senador Vital do Rêgo (PMDB).

Incentivo fiscal – Bem articulado, o Sindifisco escolheu estratégicos candidatos de fortes divergências com o governador Ricardo Coutinho para e$timular suas respectivas campanhas.

Espinharas – A prefeita Chica Motta (PMDB), de Patos, elencou uma série de obras de José Maranhão pra justificar seu apoio: “Não temos dificuldades em pedir votos para ele”.

Pé no chão – Em reuniões de trabalho na campanha, o senador Cássio Cunha Lima impressionou a muitos pela capacidade de ouvir, ponderar e acolher conselhos dos que o rodeiam.

Pulo do gato – O deputado Janduhy Carneiro (PTN) pulou uma fogueira ao sair da coligação do PMDB e se aliar a PTdoB, PRB e PPS. Praticamente garantiu a renovação do mandato.

Em Sousa – O prefeito André Gadelha (PMDB) e o ex Fábio Tyrone (PSDB), adversários ferrenhos, têm um traço em comum: ambos não votam nos candidatos ao governo de seus partidos.

Dúvida cruel – Depois do debate da Globo, eis a indagação no seio petista: no segundo turno, quem é pior para Dilma enfrentar; a incógnita Marina ou o ascendente Aécio Neves?

Balanço – R$ 116,3 milhões. Esse foi o total liberado em empréstimos e investimentos pelo Banco do Nordeste nas micro e pequenas empresas da Paraíba, somente este ano.

PINGO QUENTE – “João Pessoa saberá dar o troco”. Do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PEN), acusando a gestão de Ricardo de perseguição, arrogância e truculência.

*Reprodução do Correio da Paraíba.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Heron Cid

Heron Cid

Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba, jornalista desde 2007 pela UFPB, tendo enveredado na comunicação aos 13 anos de idade. Apresentador de rádio e televisão, entrevistador, articulista político, fundador e diretor do Portal MaisPB e da Rede Mais Conteúdo. No Blog, traz a análise da política nossa de cada dia e o debate dos grandes temas sociais.

Contato: [email protected]

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Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba, jornalista desde 2007 pela UFPB, tendo enveredado na comunicação aos 13 anos de idade. Apresentador de rádio e televisão, entrevistador, articulista político, fundador e diretor do Portal MaisPB e da Rede Mais Conteúdo. No Blog, traz a análise da política nossa de cada dia e o debate dos grandes temas sociais.

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