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Radomécio Leite

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Resgatando saudades

04/11/2007 às 13h20

Não posso imaginar um cajazeirense,
que tenha bebido água do açude grande,
que tenha freqüentado a praça João Pessoa nas suas noites de domingo depois da missa das sete,
que tenha (se for do sexo masculino) freqüentado a casa das meninas por trás do cemitério, escondido das beatas de padre Manoel Gomes,

que tenha ouvido o som do apito do trem na chegada e na partida na velha estação, soltando fumaça pelas ventas,
que tenha ouvido os discursos de Otacílio Jurema e Tota Assis na Rua Padre José Tomas,
que tenha freqüentado as tertúlias do clube 1º de maio, ao som do conjunto de Chico Bem Bem
que tenha assistido filmes nos cinemas de Eutrópio, de Carlos Paulino e do Bispo,
que tenha corrido para casa depois do motor da luz dar o primeiro sinal que a cidade ia ficar no escuro depois das dez da noite,
que tenha bebido cachaça, no bar de Joaquim do Tetéu, acompanhado do governador João Agripino nos encerramentos das semanas universitárias,

que tenha assistido aos júris populares no fórum e escutar os debates entre o promotor Firmino Gaioso e o advogado Zé Rolim Guimarães,
que tenha assistido às reuniões da câmara presididas por Dr. João Izidro Pereira,
que tenha comprado rapadura e farinha de mandioca na feira dos sábados,
que tenha ficado debaixo de um poste ouvindo na difusora de Mozart Assis os discursos de Júlio Bandeira,
que tenha engraxado os sapatos, com Zé de Sousa, com sua cadeira instalada na porta do mercado,
que tenha chupado abacaxi nas noites de natal na praça coração de Jesus,
que tenha comprado parafuso na Casa Ipiranga de Álvaro Marques,

que tenha participado das procissões de Nossa Senhora de Fátima, todos os meses no dia 13,
que tenha dançado ao som da Orquestra Manaira nos salões do tênis clube,
que tenha andado de bicicleta no paredão do açude comprada na loja de Zé Epaminondas,
que tenha assistido missa celebrada pelo bispo Zacarias e Monsenhor Abdon, que tenha assistido aos desfiles do Colégio Diocesano sob a batuta de Monsenhor Vicente,

que tenha visto João Rodrigues dar cavalo de pau, na praça do espinho montado num jipe de quatro portas, num domingo de carnaval,
que tenha ouvido as crônicas de Antonio de Sousa nas rádios da cidade,
que tenha assistido aos desfiles do Tiro de Guerra na rua Juvêncio Carneiro, que tenha assistido no Higino Pires uma partida de futebol entre Sousa e Cajazeiras e apitada por Pedro Revoltoso, narrada por Zeilton Trajano e comentada por Doca Gadelha nos microfones da Alto Piranhas e que para variar sempre acabava com uma briga,

que tenha ido ao aeroporto Antonio Tomaz para ver os aviões da Varig pousarem e decolarem todos os dias,
que tenha visto o nosso gênio Inácio Assis realizando demonstração pública de explosão de bombas à distância, na década de 40,
que tenha namorado numa só noite de quermesse todas as meninas bonitas da cidade,
que tenha guardado na memória e no coração tantas e belas lembranças desta cidade, que venha rever sua amada Cajazeiras, porque tenho certeza jamais você a esqueceu.

Você que migrou venha rever sua cidade, venha resgatar suas lembranças, reabastecer suas memórias, matar suas saudades, abraçar os seus amigos, andar pelas ruas estreitas, caminhar no calçadão da Tenente Sabino, sentir o perfume das belas mulheres cajazeirenses, chupar picolé de cajá, ver o por do sol da parede do açude grande e principalmente poder dizer a Cajazeiras: oh terra querida, como eu te amo!

FAISQUEIRA

Quando o gato se afasta

Um popular, que não dar um prego numa barra de sabão e que vive só de futricas políticas, observou e comentou: diz um ditado popular que quando o gato se afasta, os ratos tomam de conta da área. E complementou: tem um prefeito aqui de nossa região quando o mesmo viaja e se afasta da “muda”, acontece exatamente o contrário, os seus auxiliares fazem é se afastar da prefeitura e ficam no bem bom, quietinhos, quietinhos e se esbaldam no esbórnia. Instigado a dizer o nome da cidade, limitou-se a dizer: pesquisem como eu para ficar bem informado…

Em Sousa

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da cidade de Sousa, denunciou que o prefeito Salomão Gadelha está devendo os salários de setembro e outubro e que o mês de agosto ainda vai ser pago a partir desta terça-feira, dia 6 de novembro. Disse ainda que todas as vezes que o prefeito vai pagar a algumas categorias faz uma festa. E o povo de Sousa continua sorrindo…com o prefeito que tem.

Em Sousa
A onda de assaltos e roubos não tem sido privilégio apenas da cidade de Cajazeiras, mas a nossa querida cidade sorriso, Sousa, vive também esta mesma situação. Nestas duas cidades os ladrões vivem em permanente festa e zombando da policia civil e militar.

Rebuliço na Câmara de Sousa
O vereador Gerlando Linhares (PSB), da bancada de oposição, tem feito um estrago grande nas hostes da situação e esta semana entrou com um requerimento apresentando solidariedade ao juiz federal, da 8ª vara, Francisco Glauber Pessoa Alves,vítima de agressões verbais proferidas pelo ilustre prefeito Salomão Gadelha. Foi este juiz que sentenciou Salomão a devolver mais de 4 milhões de reais aos cofres municipais, em virtude de irregularidades no setor de saúde.

Rebuliço na Câmara de Sousa 2
O vereador, Mazinho Gonçalves, líder da bancada de Salomão, tentou inverter a pauta com o interesse de votar os projetos do prefeito, deixando o requerimento de solidariedade ao juiz por último, quando seria boicotado com a retirada do plenário de todos os vereadores da situação.

Rebuliço na Câmara de Sousa 3
O vereador Gerlando Linhares bateu o martelo e não aceitou o pedido de inversão e sem querer dizer, mas dizendo e falando, insinuou que o vereador Mazinho estava apressado para sair da sessão “porque ia tomar uma”. Depois do rebuliço a sessão foi encerrada e nada, “nadica” de nada foi votado.

A boiada do senador Maranhão
As famosas 28 mil cabeças de gado do senador José Maranhão ainda vão lhe render muitas dores de cabeça. Depois que a chamada grande imprensa nacional começou a divulgar o fato e a “escascavinhar” as declarações de renda do mesmo parece que já descobriram mais alguma “coisa”. José Maranhão perdeu o sossego e vai ter que vender algumas cabeças de gado para pagar um bom um bom advogado, para se explicar.

A renúncia do poeta
Quando foi divulgado que Ronaldo da Cunha Lima havia renunciado o seu mandato de deputado federal, alguns admiradores de sua veia poética, lamentaram o fato, mas ressaltaram: ele agora vai ficar com mais tempo para fazer belas poesias para o nosso deleite.

Silêncio sepulcral
A semana que passou, nas hostes da situação, a questão da sucessão municipal não teve nenhum fato novo. Tudo com antes no quartel de Abrantes. Até uma entrevista que estava programada com um dos pré-candidatos a prefeito, foi cancelada. Mas o prefeito Carlos Antonio ficou de olho na movimentação dos que querem ter o seu apoio nas próximas eleições, só “urubuservando”.

Barulho na oposição
Enquanto na situação o clima era de um silêncio sepulcral, nas hostes da situação, “plantaram” uma noticia de que o senador, Rei do Gado, Zé Maranhão, juntamente com o deputado Wilson Santiago querem que o deputado estadual Jeová Campos seja o candidato a prefeito de Cajazeiras. Resta saber se Jeová aceita ou se vai “continuar” com o nome de Léo Abreu. Isso vai dar numa confusão tão braba. Aguardem.

Barulho na oposição

Alguns líderes das oposições, em Cajazeiras, andaram divulgando que estão torcendo para que o candidato da situação seja o empresário Marinho Messias, atual diretor do Hospital Regional. Acreditam que Marinho seja “um pato morto”. Talvez os que pensam assim esqueceram de contabilizar os votos que Carlos Antonio possa transferir para o seu candidato e do potencial dos seus candidatos à Câmara Municipal. Os olheiros das oposições estão cegos de um olho.

Coluna transcrita do Jornal Gazeta do Alto Piranhas

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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