Rumos e espaços para Cajazeiras

O próximo dia 26, quando será realizada a eleição para definir o futuro prefeito da cidade de Campina Grande, o segundo maior reduto eleitoral da Paraíba, é também para Cajazeiras uma data importante, do ponto de vista do mapa político, porque a partir desta data vai se desenhar um novo cenário onde serão definidos o futuro e os projetos políticos de muitas das atuais lideranças de nosso estado, incluindo as nossas.

Com relação a cidade de Cajazeiras, a vitória de Rômulo Gouveia é tudo o que o atual prefeito, médico Carlos Antonio, deseja porque o governador Cássio teria um candidato do seu próprio grupo que poderia ser Efraim Morais ou Cícero Lucena, que já foi prefeito de João Pessoa e governador do Estado.

Veneziano sendo reconduzido o quadro ficaria, no futuro, bastante complicado para Carlos Antonio, porque o candidato do governador Cássio poderá ser Ricardo Coutinho, reeleito em primeiro turno prefeito da Capital do Estado. As oposições apresentariam novamente o nome do Senador José Maranhão que tem uma vontade imensa de voltar a “reinar” na Paraíba.

Fica a pergunta: em que palanque vai subir Carlos Antonio e seus companheiros de partido? No de Ricardo Coutinho onde vai estar o seu mais “ferrenho” adversário político a nível de município, o Pessebista Léo Abreu, recém eleito prefeito de Cajazeiras? É impossível subirem no mesmo palanque Carlos e Léo. Carlos perderia de imediato a sua identidade política e descerraria a bandeira da oposição que vai hastear a partir do primeiro de Janeiro de 2009, em Cajazeiras.

Carlos então, não teria outra alternativa a não ser “vermelhar” ao lado de José Maranhão e Wilson Santiago e talvez não chegasse sequer a disputar nenhuma eleição. Ficaria “bloqueado” pela legislação eleitoral no quesito da infidelidade partidária. Estes rumos e projetos eleitorais somente começarão a se desenhar depois da eleição de Campina Grande.

Enquanto isto, nos bastidores “urde” o destino de Carlos Antonio a partir do dia primeiro de janeiro de 2009,quando acabar o seu mandato de prefeito de Cajazeiras, onde passou oito anos comandando o seu destino. Informações precisas apontam que o mesmo já tem como certa a sua disposição a Secretaria de Saúde do Estado, que com a descentralização da maior parte dos recursos para os municípios, teria pouco “poder de fogo”, mas do ponto de vista político é uma das mais importantes.

Outras fontes vislumbram, dentro da reforma nos cargos do governo Cássio, seria a possibilidade, num espaço que caberia a Cajazeiras, seria a CAGEPA, importante órgão governamental com presença em todos os municípios da Paraíba, com um orçamento que muitos gostariam de gerir e com estrutura muito melhor do que muitas secretarias de estado. E entre a secretaria de saúde e CAGEPA, não temos dúvida que Carlos optaria pela segunda. Resta saber o “cacife” que tem Carlos Antonio e seus correligionários junto ao governador Cássio para encaminhar este “espaço” no governo Cássio II para a cidade de Cajazeiras que está a merecer, na partilha dos cargos um “pedaço” que possa imprimir um maio respeito ao município que deu duas grandiosas vitórias, no primeiro e segundo turnos, ao governador Cássio.

Ressalto, depois de muitos anos, que a cidade de Cajazeiras, a partir do dia primeiro de janeiro de 2009 vai vivenciar um quadro político completamente diferente do que viveu até então: um governo municipal de oposição ao governo do estado. É obvio que o governador poderá não ter a facilidade que tem hoje no encaminhamento das ações do seu governo quando Dr. Léo assumir a prefeitura de Cajazeiras no próximo ano. Todos nós esperamos e acreditamos que por este fato político o governador vá deixar de prestigiar o nosso município por que o prefeito é de oposição.

Cajazeiras precisa continuar crescendo e este crescimento prescinde de parcerias com o governo do estado e como já existe uma série de obras em andamento, necessário se faz que esta política da boa vizinhança e da urbanidade continuem.

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Radomécio Leite

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