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Padre Djacy

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Saudades de Ionas Dunga

26/11/2011 às 16h28

Ainda menino e mais puxado para o lado de frangote, denominação que nos faz lembrar e relembrar a marca do nosso lado jovial dita pelo amigo mais chegado a nossa família, sempre acompanhado pelo nosso pai, desportista e futebolístico de carteirinha, não perdia um jogo sequer lá no Estádio Higino Pires Ferreira, e, mesmo quando seu Osmídio não podia nos levar, dávamos um jeitinho de ir assistir o futebol. Naquela época já ouvíamos falar na importância de grandes homens que com a sua determinação e vibração faziam a história do nosso futebol, eram eles os nossos dirigentes, os presidentes dos clubes e os seus diretores.

Da arquibancada do Estádio Higino Pires Ferreira, atento ao que se passava com o futebol cajazeirense, acompanhei, mesmo sendo ainda um frangote, a ascensão e queda de muitos dos nossos pequenos e grandes clubes, uma coisa puramente normal e corriqueira no futebol amador. Entretanto, o que sempre me chamava mais atenção era o amor, a determinação e a motivação dos nossos homens do futebol, aqueles que em muitas das vezes, tirava do próprio sustento familiar para ajudar o seu time e consequentemente o futebol desta terra. Vi a luta de meurimão para segurar o Atlético no amadorismo, acompanhei a trajetória de Sérgio David e um punhado de amigos no Santos, observava o amor de José Gonçalves e Nicholson com o Estudantes.

Tempos depois, começamos a demonstrar a capacidade de ter um representante nosso na elite do futebol paraibano, veio então o Botafogo de Cajazeiras. Começa, para nós a geração de Ionas Dunga, Eurivo Donato, Cabo Vicente, Sargento Afonso, professor Chagas, Pedro da Mina, Sebastião Lázaro, Dr. Iemirton e Dr, Iramirton Braga e outros que não estão na nossa memória, por enquanto. Piolho de treino, denominação a que nós dávamos a quem não perdia nenhuma movimentação lá no Higino, começamos a aplaudir o dinamismo de um baixinho, ele, Ionas Dunga. Depois dos treinos, era cena comum, os seus comentários sobre este ou aquele jogador. Sincero, dizia sempre este é um bom jogador, e ou, este não serve para o nosso time.

Das muitas coisas boas que ele fez ao nosso futebol, uma jamais me esqueci, foi ele ter trazido o ponta esquerda Marcondes, um cearense, para jogar em Cajazeiras. O tempo passou, de frangote virei um galo, mais que isso, ganhei a amizade e um carinho muito especial daquele que no meu jardim da infância do futebol, havia aprendido a admirá-lo, Ionas Dunga.

Ionas Dunga, o jogador
O falecimento de Ionas Dunga ocorrido neste final de semana, deixa uma sensação de vazio no futebol cajazeirense. Determinado e corajoso nos seus atos, foi um atacante virtuoso e fez parte como jogador de futebol de várias equipes do amadorismo local nas décadas de 40 e 50. Jogou no União de Eutrópio e Zé Palmeira e no Tabajaras de Sérgio David. Tinha uma capacidade espetacular de conduzir a bola com a mão sem ser visto pelo árbitro do jogo, me relatou um companheiro de time.

Ionas Dunga, o dirigente
Foi um dos grandes responsáveis pela primeira participação de um representante do futebol cajazeirense em um Campeonato de Futebol Profissional do Estado da Paraíba. Sabia como ninguém apontar nomes e descobrir valores para os nossos times, principalmente oriundos do interior cearense. A bela esquadra formada pelo Botafogo de Cajazeiras passou, em maioria, pelas suas indicações. Foi em vida um dos grandes colaboradores e incentivadores do Atlético a quem se dizia um apaixonado torcedor.

BOLA DENTRO
Para a organização da partida final do Campeonato de Futebol da Zona Rural realizada no Estádio Higino Pires Ferreira. A equipe da Secretaria de Esportes deu show. Parabéns a todos com uma NOTA 10!

BOLA FORA
Para o que estão criando de boatos para desestabilizar o Atlético Cajazeirense de Futebol. O que está por trás de tudo isso? A resposta merece uma NOTA 0!
 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Padre Djacy

Padre Djacy

Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

Contato: [email protected]

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Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

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