Selma Pires Cartaxo: paixão por São João
Por José Antonio
Sempre, em cada cidade encravada neste pedaço do Oeste Paraibano, existe uma pessoa que se destaca pela paixão e pelo amor que devota ao seu torrão natal, principalmente pela preservação do seu Patrimônio Histórico, representado por seus filhos mais ilustres. Na cidade de São João do Rio do Peixe, ex Antenor Navarro, esta pessoa é a professora Maria Selma Pires Cartaxo.
Tenho tido, por diversas vezes, o privilégio de recebê-la na redação do Gazeta e a nossa conversa gira sempre em torno de sua amada e idolatrada São João, que por sinal é também a terra de minha mãe, Leopoldina Albuquerque (Mãezinha), nascida nos idos de 1923.
A sua grande e saudosa amiga Rosilda Cartaxo, em seu livro “Mulheres do Oeste”, traçou de forma incomum e inigualável o seu perfil: “Selma tem fascínio pelo passado, cria museus, entra na imprensa falada e escrita, transpõe fronteiras, chegando aos distantes recantos do Brasil com mensagens, fazendo os outros felizes”.
E Rosilda diz ainda sobre Selma: “é uma mulher que promove, ajuda os outros, de presença constante ao lado do que precisam. Mãe abnegada, sua vida é de renúncia e de prece. Sai de seu silêncio para fazer os outros felizes”.
Ela se dá ao direito de tecer criticas sobre a sua cidade e alguns de seus conterrâneos, mas não admite que ninguém fale dela e deles na sua presença. Sente-se ferida quando vê um conterrâneo seu brilhar pelo Brasil afora e esconder que nasceu em São João e com sua voz mansa e educada diz que sabe perdoar.
A professora Selma é a imagem viva e mais representativa da História de São João e tem dado, a sua maneira, uma contribuição significativa e que poucos são-joanenses têm conhecimento, na divulgação e acima de tudo na preservação dos símbolos e dos valores maiores de sua terra.
A professora Selma é possuidora de uma memória excelente, tem um valioso acervo de documentos sobre a História de São João e um excelente relacionamento com outros filhos dela o que lhe dar uma grande autoridade para escrever um livro sobre a sua cidade e os homens e mulheres que contribuíram para o engrandecimento de sua terra.
Quando São João completa 128 anos de sua emancipação política pensei em fazer uma homenagem à terra de minha mãe e resolvi falar sobre esta mulher que batalha, que representa e desempenha um papel importante na educação dos filhos desta Ribeira do Rio do Peixe, que deseja e quer que a sua São João seja a melhor terra do mundo. Escrever ou falar sobre a terra que em sua pia batismal foi tornado cristão o Padre Rolim, sem citar em primeiro lugar o nome da professora Selma, estaria cometendo uma grande injustiça.
A ela, somente a ela as nossas homenagens e que você continue sendo esta poderosa mulher, inteligente, culta e decidida na defesa de sua terra e o titulo que pertencia a Rosilda Cartaxo, de Baronesa, poderia ser perfeitamente herdado por você: Selma Cartaxo: a Baronesa do Rio do Peixe. Os são-joanenses devem se orgulhar de sua Selma e sinto-me honrado de privar de sua amizade.
Instituto Histórico
O médico Solidônio Lacerda, cajazeirense radicado no Rio de Janeiro, doou ao Instituto Histórico de Cajazeiras cerca de 500 livros. Neste valioso acervo bibliográfico estão incluídas algumas obras raras. Os livros estão sendo catalogados e dentro em breve estarão à disposição da comunidade cajazeirense.
Encontro
Cajazeirenses residentes na cidade do Recife deverão promover um encontro ainda este ano. Estamos elaborando uma lista com os nomes dos que residem naquela cidade e se você tem conhecimento de filhos de Cajazeiras que moram no Recife poderia colaborar com o êxito deste encontro nos fornecendo os nomes e os endereços. Ficaríamos muito gratos. O engenheiro Ignácio de Sousa Rolim já colocou uma área que possui em sua empresa para o este encontro que promete ser muito bom e que poderá resultar na criação de uma associação igual a do Ceará.
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