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Maria do Carmo

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Ser mãe: suas multifaces

31/05/2023 às 19h43

Coluna de Maria do Carmo - imagem ilustrativa - reprodução/internet

Por Maria do Carmo – Há tantas mensagens belíssimas carregadas de metáforas colorindo o significado da palavra mãe. São conceitos e narrativas realistas sobre a importância do ser mãe, porém entre estas, estão também aquelas mães desnaturadas e perversas, digamos, mães por acaso, cujo instinto maternal no mundo dos animais irracionais é bem mais forte e expressivo.

Numa dimensão de amor divinal é encontrado no Salmo 139:13-14 “Tu criaste o ínfimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza”. O salvador da humanidade veio através de uma mãe, Maria, que ensina a seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus e provando a relação de amor ao filho e seu respeito ao escutar o pedido de sua mãe nas bodas de Caná com o primeiro milagre. “Ser mãe” emerge sentimento de amor sublime, puro, incondicional, cheio de aconchegos, proteção, cuidado, presença e amizade. É o sentir carinho em cada atitude e em cada momento, é trazer a atmosfera da paz, da confiança completando a felicidade do filho que sente a alegria ao ser acariciado pelo um ser meigo e maravilhoso saído de suas entranhas. Eis o mistério da maternidade, a possibilidade de vida ao outro.

Por outro lado, há as mulheres que são mães adotivas surgidas quando seu olhar cruza com o do filho que não gerou no seu ventre, mas que plantou com firmeza no coração se debruçando com o seu o amor maternal. É uma longa missão que começa com a criação do filho ensinando os primeiros passos, as primeiras palavras; educá-lo para viver em sociedade, lutando e aplaudindo as conquistas sofrendo junto nas injustiças e orientando no caminho da vida cuja importância é ilimitada, tudo isto; é mais que o simples fato de gerar e ter o filho. Ser mãe, é ceder o colo, o ombro acolhedor sem medir forças para o amparo do ser necessitado, “seu filho”; para os olhos de Deus, mãe, é aquela mulher que se doa na criação na atenção, tempo precioso na vida do seu filho sem nenhum vínculo sanguíneo.

 Mesmo a mãe não sendo um ser perfeito, há nos seus erros e acertos a disposição para aprender e evoluir guiando  como uma luz cada passo do caminho do filho.  As mães têm maior capacidade de focar atenção e controle nas ações das crianças, estas atitudes não são adquiridas nos cursos e bibliografias ou tutorial de internet; cada uma trilha diariamente influindo no processo de formação emocional e social do filho. Para a psicologia a mãe é a primeira educadora e formadora do caráter e boa conduta do seu filho contribuindo para as interações sociais na infância que têm influência na vida adulta. O papel da mãe é fundamental para a criação de indivíduos felizes e bem resolvidos. É bom atentar que “sem experimentar o amor e orientação materna o homem futuro será triste”.

As orientações da mãe mescladas de afeto devem estar contidas o primeiro fundamento da crença em Deus, o aprender sobre o que é retidão, honestidade, bondade, pureza, respeito às pessoas, a ser gentil, simples e não desprezar ninguém cultivando sempre a humildade e a caridade. É sobre a orientação materna que a criança começa a aprender como dominar as vontades desordenadas, a rejeitar todos os vícios, a retirar a preguiça, a desobediência, os gestos e palavras inconvenientes. É patente que a mãe amparadora e educadora mesmo sem formação escolar elevada vai ensinando a criança a perder, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros e nas primeiras tarefas do lar aponta a importância do trabalho e da responsabilidade.

É próprio das verdadeiras mães se esforçarem para que os filhos tenham “tudo”, esclarecendo que este “tudo” não se trata de bens materiais, mas os sentimentos e estruturas emocionais sólidas com os conselhos os quais vão moldando e motivando nas crianças as virtudes, o amor ao próximo, a civilidade, o desenvolvimento dos talentos para o bem e de um ser bom.  Pesquisa realizada pela revista of Moriage and Family observa que: o amparo de uma mãe, dita como uma criança irá lidar com suas emoções, ações e atenções na vida adulta; a presença da mãe consiste no processamento de informações sociais a aceitação daqueles ao seu redor; ainda revela a pesquisa que aqueles filhos com maior amparo maternal são prováveis ter uma boa memória, um alto nível de educação e uma maior felicidade matrimonial no futuro. Outro estudo revela que o amparo da mãe é a chave para uma boa relação de futuras mães e filhos.

Em contrapartida existem as mães que não valorizam a capacidade de gerar filhos, ofertada por Deus, somente à mulher. Se negam ao prazer da dedicação no exercício de ser uma mãe, neste contexto tantas mães cruéis entregues aos prazeres do sexo geram filhos quando elas mesmas cometem abortos assassinando alguém que esperava nascer. Outras mães parem seus filhos e os abandona e até matam os mesmos; a ressalva para aquelas que reconhecem a falta de condições para criar o filho e resolvem doá-lo a uma pessoa que vai cuidar e oferecer um colo a um ser humano, resultado de uma gravidez indesejada.

Atualmente há atitudes inconcebíveis de mães insensatas que ao contraírem uma outra união conjugal, submetem seus filhos aos abusos, ignorância e maldade passando a compactuar com seu cônjuge dos maus tratos e assassinato do seu próprio filho. São mães dominadas pela paixão impensada, ambiciosas, materialistas, que na sua irracionalidade desconhecem o seu vínculo de mãe, sem nenhuma ponta de amor ao filho ou filha entregando-os à tortura e a morte.  O que é mais importante? Viver o amor pelo o amado ou proteger seus filhos da   violência cometida por ele?  É obrigação da mãe, proteger o filho que estar sobre sua tutela, tristemente no cenário das mães existem a mancha negra de mães más, inimigas do seu próprio filho indefeso. Pobres criaturas.

Surge atualmente a figura das mães que utilizam os auxílios dos programas sociais para cuidar de sua beleza física: harmonização, apliques nos cabelos, roupas, calçados desviando a renda financeira, ou seja, tirando da boca das crianças o alimento para saciar a fome das mesmas. Somando ao descompromisso maternal, estão as mães descuidadas com a saúde dos filhos quando não os leva ao posto de vacinação e ao médico quando estão doentes, tornando quadro agravante, chegando à morte de muitas crianças vítimas do descaso da mãe e do próprio pai.

Se para muitas mulheres a missão de ser mãe é divinal, encantadora de uma nobreza de espírito sem limites, o compromisso com a criação dos filhos o que move para “o ser mãe” na sua plenitude. Lamentavelmente existem tantas mães precisando ressignificar “o ser mãe” no compromisso de cuidar do seu filho em todos os aspectos; ficar gestante, ter filhos e jogar no mundo sem protegê-lo é uma grande irresponsabilidade porque o grande prejudicado é o filho que não tem nenhuma culpa, afinal  ele nasceu, ele quer viver e crescer roddeado de amor.  Para as mães sensatas, aplausos; para as mães descomprometidas, a reelaboração e o repensar no cumprimento das atribuições e do verdadeiro papel de mãe.

Professora Maria do Carmo de Santana

Cajazeiras, 30 de Maio de 2023


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

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Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

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